Pagamentos de dívidas deverão consumir cerca de 25% dos recursos disponibilizados pelo programaMarcello Casal Jr/Agência Brasil
Desse valor, aproximadamente 70% deverão se transformar em consumo imediato, dos quais R$ 28,04 bilhões no varejo brasileiro e R$ 31,12 bilhões, no setor de serviços. Em seguida, mais de 25% devem ser direcionados para quitação ou abatimento de dívidas. Por fim, poupados 3,83% equivalente a R$ 3,21 bilhões.
Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, as projeções podem ser explicadas pelo cenário financeiro do País. "Diante das ainda frágeis condições econômicas e das características de consumo do público elegível ao benefício, a maior parte dos recursos deve ser direcionada para o consumo imediato", observa.
Comprometimento com dívidas
De acordo com indicador do Banco Central do Brasil, no terceiro trimestre de 2021, 30,3% da renda média dos brasileiros estava comprometida com dívidas, o que representa o maior patamar da série histórica iniciada em 2005. "Mesmo com a breve redução desse percentual entre o segundo e o terceiro trimestres de 2020, os desdobramentos econômicos da crise sanitária voltaram a pressionar o endividamento familiar. Assim, diante desse avanço, a tendência é que uma parcela significativa do Auxílio Brasil seja direcionada para a redução do endividamento", avalia o economista da CNC responsável pela pesquisa, Fabio Bentes.
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