Carteira de trabalhoDivulgação

No mês passado, o Brasil criou 328.507 vagas de emprego com carteira assinada, de acordo com os dados divulgados nesta terça-feira, 29, pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), por meio do Ministério do Trabalho e Previdência. O número de fevereiro é resultado de 2.013.143 admissões e de 1.684.636 demissões. 
O número de fevereiro representa um aumento comparado ao mês anterior, já que foram abertas 150.355, número revisado pela pasta. No entanto, o saldo ficou abaixo do mesmo mês do ano passado, quando houve abertura de 397.463 vagas com carteira assinada.
No acumulado do primeiro bimestre deste ano, o saldo do Caged chegou a 478.862 vagas, resultado de 3.818.888 admissões e de 3.340.026 desligamentos. Em comparação aos dois primeiros meses do ano passado, o saldo não é tão positivo, já que houve a abertura de de 651.756 postos formais.
No ano passado, todos os meses tiveram um saldo positivo na geração de vagas formais, com exceção de dezembro, mês já conhecido pelo alto número de desligamentos. O total de criação de postos com carteira assinada não fica abaixo das 200 mil vagas mensais desde abril do ano passado, com exceção para o mês de janeiro deste ano. 
Serviços em destaque
O saldo positivo de vagas geradas no mês passado foi puxado novamente pelo setor de serviço, com a criação de 215.421 postos com carteira assinada, seguido pela indústria geral, que abriu 43 mil oportunidades.
No caso da construção, o saldo positivo foi de 39.453 vagas em fevereiro, enquanto houve um saldo de 17.415 contratações no setor agropecuário. No comércio, foram criadas 13.219 vagas no mês passado.
Em fevereiro, 25 estados apresentaram resultado positivo no Caged. O destaque registrado foi para São Paulo novamente, com a abertura de 98.262 postos de trabalho. Já o Rio Grande do Norte teve um saldo de demissões de 1.451 e, Alagoas, resultado negativo de 600 postos de trabalho.
O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada voltou a cair, passando de R$ 1.939,80 em janeiro, para R$ 1.878,66 em fevereiro. Em fevereiro do ano passado era de R$ 1.926,36.

Já o número de pedidos de seguro-desemprego aumentou de 529.828 em janeiro para 550.270 no mês seguinte. Em fevereiro do ano passado, somou 486.154.
De acordo com o secretário executivo do ministério, Bruno Dalcolmo, esta foi a primeira vez que o total mensal de admissões superou 2 milhões de vagas, considerando a série com declarações feitas dentro do prazo. O secretário, entretanto, destacou que o resultado não pode ser considerado estrutural e que a tendência é de redução nas contratações.

“O que vemos aqui em fevereiro de 2022 do ponto de vista das admissões é algo importante a ser notado. Pela primeira vez estamos acima de 2 milhões de contratações. É claro que não é possível se afirmar que é algo estrutural e que permanecerá nesse patamar”, disse.
“Temos já registrado que é natural que se espere alguma desaceleração com relação ao nível de contratação do ano passado. É um processo natural, as empresas não continuarão contratando naquele ritmo do ano passado para sempre”, acrescentou.