A economista-chefe do FMI, Gita Gopinath, alertou para o cenário de incerteza da inflação globalFórum Econômico Mundial/Divulgação
Em Davos, FMI projeta queda maior da inflação mundial, mas vê cenário imprevisível
Para o Fundo, a recuperação da China é essencial para analisar a alta de preços
A economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gita Gopinath, projetou que eventualmente haverá uma queda mais sustentada da inflação global, mas ponderou que o cenário ainda está muito imprevisível para se afirmar com certeza de quando a situação começará a mudar. A economista fez sua afirmação no Fórum Econômico Mundial, em Davos, no qual ela dividiu um painel com Christian Lindner, ministro das Finanças da Alemanha.
A reabertura da China também deve assumir um papel decisivo, segundo a economista. "A recuperação da China será essencial para a inflação. É preciso ver o que acontecerá com os preços de energia à medida que a economia chinesa retorna", disse, em painel sobre o aumento do custo de vida no planeta.
Gita também afirmou que o desemprego deve continuar subindo em todo o mundo, à medida que as rendas dos trabalhadores não conseguem acompanhar o crescimento da inflação.
No mesmo painel, Lindner afirmou que a Alemanha não precisará mais depender do pacote de 200 bilhões de euros para lidar com a crise energética, visto que a União Europeia (UE) tem encontrado alternativas ao gás da Rússia. O ministro também percebe que os preços de energia estão "mais baixos do que antecipava anteriormente".
Tanto Lindner quanto Gita acreditam que o barateamento dos preços no mercado de energia pode ser crucial para controlar a inflação e assim melhorar o custo de vida da classe média consequentemente, melhorando também as taxas de desemprego.
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