Rio de Janeiro apresentou elevação expressiva do número de fusões e aquisiçõesReprodução

O número de fusões e aquisições realizadas por empresas do Estado do Rio de Janeiro foi o maior em três anos, segundo o relatório da KPMG. De janeiro a dezembro de 2024, foram efetuadas 148 operações. Esse número é 51% maior em comparação com o mesmo intervalo de 2023, quando foram realizadas 98 transações. Com esse resultado, a região fluminense passou da 17ª posição para a 2ª no ranking que contou com a participação de 23 unidades federativas. Ainda de acordo com o estudo, em 2022, o total de negociações foi de 106; e em 2021, 167.
“Os números de fusões e aquisições apresentaram ótimos resultados no Estado após a pandemia. Em 2021, o total de operações dobrou em relação a 2020 (83), mostrando que houve a atração de novos investidores para a região. Já em 2022 e 2023, houve queda. Mas no último ano, o otimismo dos empresários voltou a crescer, principalmente, com o aquecimento do mercado doméstico, o que colaborou para o destaque no acumulado anual em uma análise de três anos”, avalia o sócio de mercados regionais da KPMG, Manuel Fernandes.

Das 148 operações realizadas no Rio de janeiro em 2024, 88 são domésticas, ou seja, realizada entre empresas brasileiras; 44 envolveram estrangeiros adquirindo capital de companhia estabelecida no país (tipo CB1); nove foram de empresas de capital brasileiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no exterior (tipo CB2); quatro foram feitas por brasileiros comprando de estrangeiros outra estabelecida no Brasil (CB3); e três concretizadas por estrangeiros adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no Brasil (CB4).
Transações no Brasil

A pesquisa da KPMG apontou que o Brasil registrou 1.582 fusões e aquisições de empresas em 2024, uma leve alta de 5% na comparação com 2023, quando foram realizadas 1.505 operações desse tipo. As operações domésticas entre organizações brasileiras (981) lideraram essas transações, seguidas de transações de empresas de capital majoritário estrangeiro (394) que adquiriram, de brasileiros, capital daquelas estabelecidas no Brasil.

“Os dados nacionais evidenciam uma retomada importante no mercado de fusões e aquisições. Após dois anos seguidos de queda nessas transações, os números revelam que as empresas estão mais ativas nessas operações. O número de 2024 superou 2023, e, apesar de ser inferior ao de 2022 e 2021, já é superior aos totais registrados em 2020 e demais anos anteriores de nossa série histórica”, complementa o sócio-líder de fusões e aquisições da KPMG no Brasil, Gustavo Vilela.