Empreendedorismo feminino: 80% das mulheres do Rio de Janeiro abriram negócios para cuidar dos filhosPixabay
Pesquisa aponta que 80% das empreendedoras do Rio de Janeiro abriram negócios para cuidar dos filhos
Dado foi constatado no levantamento 'Características dos Empreendedores: Empreendedorismo Feminino', realizada pelo Sebrae
Para 80% das mulheres empreendedoras do estado do Rio, os cuidados com os filhos são a principal influência ao decidir abrir a sua empresa. Esse percentual cai para 51% quando perguntado para os homens. Para 5% das mulheres influenciou um pouco e 16% consideram que não teve interferência nessa decisão. Essas informações estão disponíveis na pesquisa “Características dos Empreendedores: Empreendedorismo Feminino” do Sebrae com base nos dados disponibilizados pela Pnad-C.
No Rio de Janeiro, quando uma mulher resolve abrir um negócio, pais; clientes e fornecedores; e cônjuges são os principais incentivadores. Já os homens, amigos; cônjuge e clientes e fornecedores são os que mais orientam na abertura de negócio. Em relação a manter o negócio, homens e mulheres recebem mais incentivos dos seus cônjuges.
Em comparação aos homens, as mulheres empreendedoras gastam quase três vezes mais tempo diário com a família e afazeres domésticos. Por terem que dispender mais tempo cuidando da casa e da família do que os homens, 66% das mulheres acreditam que enfrentam mais dificuldades para ter um negócio do que os homens. Uma sensação que 48% dos homens compartilham com a pesquisa.
“A pesquisa reforça o que ouvimos em rodas de conversa e em nossas capacitações. Elas possuem uma dupla jornada de trabalho e procuram equilibrar com maestria tudo o que fazem. Apesar das dificuldades, a família é um dos pilares dos seus negócios e a força que elas precisam para continuar em frente”, explica Carla Panisset, gerente de Empreendedorismo Social do Sebrae Rio.
Em relação ao preconceito de gênero, 83% das mulheres acreditam que não sofreram ao longo da carreira. Enquanto 17% já sofreram preconceito por ser mulher no seu negócio. Já em relação de presenciar essa situação com outras mulheres, 55% não viram, 42% assistiram e 3% não sabem opinar.
“No que diz respeito à confiança e segurança de si enquanto donos de negócios, os homens apresentam melhor desempenho que as mulheres. Entretanto, a pesquisa indica que elas são mais dispostas a buscar ajuda quando se sentem ansiosas e angustiadas. Dentro do Sebrae, as mulheres são as que mais procuram apoio para os seus negócios. Elas são resilientes, não desistem, constroem, buscam se aperfeiçoar e buscam conhecimento”, pontua Carla.
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