O modelo híbrido de trabalho é o preferido pelos autônomosFeepick
Em relação a este formato de trabalho, uma pesquisa realizada pela Onlinecurriculo, plataforma de currículos on-line, revelou que 38% dos brasileiros trabalham atualmente como freelancers, sendo que 23% atuam de forma paralela ao trabalho principal, 11% trabalham apenas como autônomos, e 3% estão em processo de se tornarem freelancers em tempo integral. Outra parcela, correspondente a 10% das respostas, já atuou como freelancer, mas não segue mais no momento presente.
O que se percebe é que existe um interesse claro dos brasileiros pelo modelo autônomo. 29% dos participantes da pesquisa que ainda não trabalharam de forma autônoma têm interesse em se aproximar do formato no futuro, sendo que as maiores inseguranças estão relacionadas a não saber por onde começar e ter dúvidas sobre possuir as habilidade necessárias para o trabalho. Apenas 22% dos respondentes nunca atuou de forma autônoma e não tem interesse em se aproximar do formato.
Principais áreas
Para aqueles que gostariam de atuar como profissionais autônomos, é importante considerar que algumas carreiras possibilitam a inserção no mercado de trabalho como freelancer de forma mais orgânica. Algumas áreas são, inclusive, popularmente conhecidas por apresentarem oportunidades nessa modalidade.
Sobre os principais trabalhos como freelancer realizados pelos brasileiros, a área de vendas aparece em primeiro lugar com 30% das respostas. Na sequência, estão as atividades como aulas particulares (13%); design gráfico (13%); consultoria empresarial (11%); pesquisa de mercado (10%); redação e criação de conteúdo (9%), e organização de eventos (8%).
A questão financeira
Em termos financeiros, o trabalho como freelancer aparece como uma oportunidade de renda complementar para 61% dos entrevistados, enquanto 31% veem no trabalho autônomo a possibilidade de renda principal e 15% enxergam como uma perspectiva temporária enquanto se busca um emprego formal. Já em relação às oportunidades que o modelo oferece, a maioria dos respondentes enxerga o trabalho como freelancer como uma forma de alcançar independência financeira (39%) ou de desenvolver novas habilidades (35%).
O panorama do mercado de trabalho representa a diversidade de realidades da população do Brasil. Empregos com possibilidade de atuação em modelos formais e informais contribuem para a produção e organização da renda dos brasileiros. Assim, as diversas modalidades de trabalho, combinadas com os perfis de profissionais, refletem diretamente no poder de compra e nas características de consumo que marcam o país.
Presencial ou remoto: qual a preferência atual dos brasileiros?
Nem o presencial, nem o home office: em 2024, o modelo de trabalho favorito dos brasileiros é outro — o híbrido. Para a maioria dos entrevistados (48%), mesclar as idas ao escritório com a atividade em casa é a alternativa mais interessante, estando à frente do remoto (30%).
Seja em relação ao momento do mercado, seja pelo poder de escolha dos colaboradores, o formato presencial é essencial em algumas áreas. Para estar alinhado com as oportunidades que vão ao encontro do perfil de cada profissional, é importante que se tenha em mente quais segmentos são mais propícios para cada modalidade de trabalho. Algumas profissões inevitavelmente vão contar com a necessidade da presença física do trabalhador.
Um profissional que está buscando por uma oportunidade de emprego carrega consigo alguns critérios e expectativas em relação às vagas. Nesses casos, a modalidade do trabalho com frequência se mostra como um dos parâmetros levados em consideração antes da aplicação para um emprego.
Para 61% dos entrevistados, o modelo de trabalho foi um ponto a ser considerado antes da aplicação para as vagas, sendo que 32% consideraram o formato do trabalho como um critério importante na escolha das oportunidades e 29% consideram como critério determinante. 39% não avaliaram o modelo do emprego na escolha das vagas.
Neste sentido, o que se percebe é que os profissionais gostariam de ter a flexibilidade de ir à empresa quando necessário, conforme 26% dos entrevistados. Em relação a periodicidade das idas presenciais, caso pudessem escolher, 17% optariam pela frequência de três dias por semana e 15% por ir duas vezes por semana. Para as empresas que consideram a semana de quatro dias úteis, 8% dos respondentes demonstraram que gostariam de ir presencialmente todos os dias.
De forma geral, os trabalhadores visam a flexibilidade, sem extremos, o que pode ser benéfico para empresas e para colaboradores. Para alinhar-se às expectativas dos profissionais e maximizar a satisfação e a eficiência, é fundamental que as instituições considerem essas preferências ao definir suas políticas de trabalho.
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