Rio - A inclusão educacional mobile está em alta no país. Em maio de 2015, cerca de 12,5 milhões de brasileiros estudavam pelo celular, segundo dados fornecidos pelas operadoras de telefonia móvel. No mês passado, o IBGE divulgou uma pesquisa apontando que mais de 40 milhões de brasileiros gostariam de ter qualificação profissional. Mas apenas 3,4 milhões deles frequentavam esse tipo de curso em 2014. Dentro desse cenário, aumenta a importância da busca por outras alternativas de educação profissional com o auxílio da tecnologia. É o caso, por exemplo, do uso de aplicativos de celular para passar conteúdos de instituições educacionais. E até mesmo de empresas interessadas no modelo para oferecer qualificação profissional aos seus funcionários.
Startup focada em ensino móvel nesses moldes, com o uso de ‘gamification’ e ferramentas de aprendizagem com aplicativos via smartphones, a mLearn prevê o crescimento desse setor. Criada há quatro anos, a plataforma já possibilitou a qualificação de 5 milhões de pessoas com cursos profissionalizantes mobile pelas principais operadoras do país. “O mercado é extremamente promissor. A tecnologia pode auxiliar a solucionar problemas na educação. Nosso objetivo é ajudar a preencher essa lacuna e tornar acessível conhecimento e capacitação a todos aqueles que possuam smartphones, que hoje já são mais de 150 milhões de pessoas no Brasil. Isso tudo em um aplicativo simples e fácil de usar, com conteúdo de qualidade. E, principalmente, com custo baixo”, garante o CEO Ricardo Drummond.
A plataforma mLearn é voltada para usuários de smartphones que pretendem complementar seus estudos nas horas vagas, em deslocamento, em casa ou no trabalho. Funcionários de empresas que precisam de qualificação específica, como treinamento de força de vendas, também podem usar esse mecanismo para buscar qualificação. “Temos mais de 50 cursos mobile para todo o Brasil. Todos eles com vídeo-aulas, textos, exercícios. É, de fato, um conteúdo completo e pensado exclusivamente para funcionar bem no smartphone”, informa Ricardo.
Em 2014, a empresa teve o seu plano de negócios destacado pelo programa de Inovação e Empreendedorismo da Universidade de Standford, na Califórnia. A mLearn é uma das 300 startups selecionadas na 1ª etapa do programa InovAtiva deste ano, feito em parceria entre o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e o Sebrae. “A ideia é uma evolução do ensino a distância. Com a explosão do uso de smartphones, decidimos focar apenas nesse nicho de mercado: educação para dispositivos móveis”, completa o CEO.
A plataforma
Para fazer os cursos, os alunos não precisam sequer ter um cartão de crédito pois a empresa trabalha por meio de tarifação pelas contas das operadoras de telefonia móvel (Oi, Vivo, Claro e TIM). “Nosso modelo de negócios viabiliza a assinatura dos serviços sem um cartão de crédito e garante preços baixos, uma vez que a parceria com as operadoras oferece escala para a operação”, ressalta o CEO Ricardo Drummond.
A mLearn busca aumentar o volume de cursos mobile, e fazer parcerias com instituições de ensino para capacitação e treinamentos. “Em 2017, estamos investindo para expandir nossa área de atuação e levar nossa solução para o mercado de educação corporativa e de instituições de ensino. Com a expansão, pretendemos crescer 100% em 2017”, projeta o CEO.
Cursos, provas, certificados, exercícios, socialização e notícias integram as funcionalidades da ferramenta. Um dos diferenciais é que a plataforma é integrada com as redes sociais e o aprendiz participa de um jogo onde tudo que ele faz é avaliado, ganhando pontos e mudando de nível com a progressão dos estudos.