Rio - O hotel Novo Mundo (Praia do Flamengo, nº 20) sediará neste sábado, das 9h às 18h, o seminário Meu Sucessor, que vai discutir, entre outros assuntos, a ordem sucessória dentro das empresas familiares, e falar sobre os grandes cases dessas corporações, as que deram certo e as que não passaram pelas gerações seguintes ao fundador.
Um dos pontos relevantes que será levantado durante o encontro é a dificuldade de se estabelecer limites entre a vida familiar e a rotina da empresa dentro dessas empresas. Para Peter Drucker, na empresa familiar “a cultura come a estratégia no café da manhã”. O fundador vive o dilema entre ser um bom pai ou um bom gestor. Mas é possível, sim, administrar essa situação construindo um ambiente onde prevaleça o diálogo, boas práticas de governança e honra ao mérito.
Apesar do nome “Meu Sucessor”, o seminário não falará exclusivamente da sucessão do negócio. “É um seminário sobre a gestão da empresa familiar, citando os principais conflitos existentes e como evitá-los, de como administrar as diferentes gerações X, Y e Z sob o mesmo negócio, de aspectos jurídicos da sucessão familiar e de casos de sucesso de empresas brasileiras vitoriosas no passar de gerações. A sucessão do comando do negócio é apenas consequência do bom tratamento a essas questões descritas.”, explica Bernardo Medina, empresário que também herdou um negócio familiar e é consultor especialista em Gestão Financeira e Estratégica de Negócios.
Mesmo que não seja ainda o momento de pensar em sucessores, essa hora, em algum momento, vai chegar. “Desde o início da empresa, é importante considerar que seu prazo de validade é maior que dos seus fundadores. Então, empresas familiares devem ser administradas já tendo em mente uma futura sucessão, pois, se isso já não for pensado desde antes, podem fracassar bem no período de transição, por não planejarem o futuro de forma antecipada. Uma situação muito comum é uma empresa altamente dependente do fundador até o último momento, centralizando o poder e delegando com extrema dififuldade. Isso dificulta o amadurecimento de um sucessor potencial, assim como seu devido reconhecimento como líder futuro por parte da equipe. As empresas, infelizmente, deixam pra pensar na sucessão quando o fundador está mal de saúde ou quando surge algum problema grave na família ou no negócio.”, complementa Medina.
Vale lembrar que empresa familiar é aquela onde mais de um membro de uma mesma família participa da gestão. E isso corresponde a maioria dos micro e pequenos negócios no Brasil, que movimentam mais da metade do PIB e mais de 2/3 dos empregos existentes, segundo dados do Sebrae. Portanto, desenvolver a empresa familiar é desenvolver a economia de um país.