Por nicolas.satriano

Rio - O candidato ao governo do Estado pelo PRB, Marcelo Crivella, afirmou que, como governador, não irá se envolver nas discussões sobre orientação sexual. Evangélico, o senador havia causado mal estar na semana passada ao afirmar que considerava a homossexualidade um pecado. Nesta manhã, durante uma sabatina no SBT, ele afirmou que não tem uma postura homofóbica.

"Por eu ser evangélico, acham que eu, ou os evangélicos, somos homofóbicos. Não tem povo menos homofóbico que o evangélico. O que os evangélicos querem é o direito de se expressar e dizer que o homossexualismo é pecado, como diz a Bíblia", afirmou Crivella, que é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus.

"Não tem povo menos homofóbico que o evangélico", diz CrivellaDivulgação

Ele afirmou que convive com homossexuais na família e no trabalho e que a questão é de cunho pessoal, portanto não deve sofrer interferência de governos. Questionado se já participou de rituais religiosos de cura gay, ele afirmou que não seria um "exorcista" durante um eventual mandato.

Durante a sabatina, Crivella fez uma defesa veemente das Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) e afirmou que pretende expandir o projeto. Ele sugere que uma forma de viabilizar o aumento rápido do efetivo policial é usar a mão de obra que hoje está na reserva. Com relação às comunidades, ele prometeu criar um projeto chamado Zona Franca Social, em que o poder público iria comprar suprimentos de pequenas e médias empresas sediadas em regiões pobres.

Crivella também falou sobre o baixo montante de arrecadação de sua campanha, de apenas R$ 212 mil reais.Ele disse que não considera ético receber doações de empreiteiras e que espera conseguir recursos por meio de doações de pessoas físicas. "Não vou fazer governo do guardanapo nem da greve de fome", afirmou, alfinetando o rival Anthony Garotinho (PR), que fez uma greve quando foi pré-candidato à presidência da República, e o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB). Durante a gestão do peemedebista, ficou famoso o episódio do guardanapo, quando Cabral apareceu com o empresário Fernando Cavendish, ex-dono da empreiteira Delta, em uma festa em Paris com guardanapos em forma de bandanas na cabeça.

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