Por bferreira

Depois de prometer a criação de um superministério da Infraesrtutura, o candidato à Presidência pelo PSDB, Aécio Neves, afirmou que irá fortalecer o Ministério da Agricultura. O candidato prometeu dar mais autonomia ao órgão, incorporando a ele a pasta da Pesca. O tucano foi sabatinado ontem, em Brasília, pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Durante o evento, os candidatos afagaram empresários com propostas alinhadas às demandas do setor.

Aécio afirmou que será rigoroso no caso de invasões de terras e investirá em hidrovias e ferrovias. O senador criticou as políticas agrárias e de infraestrutura da presidenta Dilma.

“Foram dez anos demonizando as privatizações, afastando os investidores, querendo regular taxa de retorno. Estamos aí, com os mesmos gargalos de décadas atrás”, afirmou o tucano.

Eduardo Campos (PSB) foi entrevistado num cenário desfavorável, já que Marina Silva (PSB), sua vice, é conhecida por sua defesa do meio ambiente e já manifestou posições contrárias ao agronegócio. No evento, o socialista prometeu que irá promover o diálogo entre o setor, a agricultura familiar e os indígenas.

A presidenta Dilma foi responsabilizada pelos conflitos no campo e por ter paralisado a reforma agrária e as demarcações de terras. “Houve uma paralisação das ações no campo. É preciso retomar o diálogo e a pauta com o mundo real brasileiro”, disse o candidato.

Última a participar da sabatina, a presidenta Dilma Rousseff (PT) ressaltou ações do governo federal prometeu revisar as normas administrativas que definem as demarcações das terras de comunidades tradicionais, como indígenas e quilombolas. A promessa atende a uma reivindicação da Confederação para abolir da lei o mecanismo de autodeclaração das comunidades para que elas tenham direito à terra.

“Estamos avaliando todos os processos. Agora não basta só ver um laudo antropológico. Tem de ter o mínimo de compatibilidade. Havendo qualquer irregularidade, não se faz”, garantiu Dilma.

A presidenta também tocou em um assunto delicado para os produtores rurais. “Uma questão que preocupa é o trabalho escravo, e estou certa que todos concordam que é uma chaga a ser exterminada de nosso país, inclusive para que os bons e sérios produtores não sejam discriminados pelos erros de uns poucos”, provocou.

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