Por thiago.antunes

Rio - O governador e candidato à reeleição Luiz Fernando Pezão (PMDB) liderou com folga a arrecadação de recursos na primeira fase da campanha para o governo do estado. Segundo balanço parcial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgado ontem, o peemedebista recebeu R$ 5,79 milhões até agora. O valor corresponde a 6,7% dos R$ 85 milhões que ele fixou como limite de gastos na corrida pelo Palácio Guanabara.

Somente duas empresas fizeram doações diretas para o candidato. A empreiteira Queiroz Galvão contribuiu com R$ 255 mil e o banco Safra doou R$ 10 mil. O restante do dinheiro veio de recursos do comitê financeiro da campanha. O candidato chegou bem próximo à arrecadação de seu antecessor, Sérgio Cabral (PMDB). Em 2010, Cabral declarou receitas de R$ 5,97 milhões (em valores corrigidos) no primeiro mês de disputa.

Além de ser quem mais arrecadou, Pezão teve a campanha mais cara até agora e gastou mais do que recebeu. Suas despesas totalizaram R$ 7,54 milhões. De acordo com o TSE, o segundo candidato com o maior orçamento é o petista Lindberg Farias, com R$ 637,7 mil em doações. O número é pouco mais de 1% do total que ele espera gastar na campanha. A maior fatia do dinheiro veio do PT.

O governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) arrecadou pouco menos que Sérgio Cabral%2C seu antecessorDivulgação

Cerca de 12% da receita do petista veio de três empresas diferentes de venda de aparelhos telefônicos. A A e P Digital, a E P Digital e a AVM Digital fizeram três doações no valor de R$ 25 mil, cada uma. A empresa de logística Meridian contribuiu com R$ 30 mil. O petista declarou gastos de R$ 284,89 mil até agora. As contas do líder das pesquisas eleitorais para o governo do Rio, Anthony Garotinho (PR), não são encontradas no sistema do Tribunal.

Também não é possível encontrar o saldo da campanha de Tarcísio Motta (Psol). A assessoria do órgão informou que isso ocorre quando o candidato entrega a prestação de contas zerada, o que é comum no primeiro balanço parcial. O ex-governador declarou despesas de R$ 21.650. O limite de gastos declarado à Justiça Eleitoral foi R$ 25 milhões. 

Empatado em primeiro lugar nas pesquisas de opinião com Anthony Garotinho, Marcelo Crivella (PRB) arrecadou apenas R$ 212,36 mil. O senador informou à Justiça Eleitoral que gastou somente R$ 5.341 mil até agora. Entre os nanicos, a professora Dayse Oliveira (PSTU) declarou ter recebido R$ 4.380, enquanto Ney Nunes (PCB) informou renda de R$ 1.900.

Senado

Os dois principais concorrentes na corrida pelo Senado, Romário (PSB) e César Maia (DEM), declararam arrecadações iguais em suas campanhas. Ambos receberam R$ 250 mil, depositados em uma doação única por seus partidos. O candidato com mais recursos, no entanto, é o ex-ministro do Trabalho e Emprego Carlos Lupi (PDT), com R$ 350 mil, que decidiu se candidatar quando rompeu com a chapa de Pezão.

Candidatos e arrecadações

Luiz Fernando Pezão (PMDB) R$ 5.795.690

Anthony Garotinho (PR) Declarou não ter recebido doações

Lindberg Farias (PT) R$ 637.700

Marcelo Crivella (PRB) R$ 212.363

Dayse Oliveira (PSTU) R$ 4.380,21

Ney Nunes (PCB) R$ 1.900

Tarcísio Motta (PSOL) Declarou não ter recebido doações 

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