Por thiago.antunes

Rio - Embora tenha recuado de sua posição original contra as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), o candidato do PR ao governo do estado, Anthony Garotinho, disse neste sábado que sua prioridade na área de segurança será reforçar o policiamento ostensivo nas ruas da Região Metropolitana para conter a “escalada da violência” e não pretende expandir as UPPs, pelo menos no início de seu eventual governo.

Toda prioridade, segundo o candidato, será reforçar o efetivo da Polícia Militar em 14 mil homens, que seriam alocados em batalhões de Niterói, São Gonçalo e Baixada.“Nesse primeiro momento, temos que conter a criminalidade nos municípios vizinhos (ao Rio), que é o efeito colateral (das UPPs na capital). Precisamos diminuir o número de roubos a residências, roubo de automóveis, roubo a pedestres.

Queremos manter o programa, mas depois a gente continua a expansão”, disse, reforçando a necessidade de as comunidades já pacificadas receberem investimentos sociais, em sáude e educação. Rouco e com dificuldade de falar após se recuperar de virose, pediu para encerrar a entrevista no momento em que foi perguntado sobre como faria para contratar os PMs.

O candidato Anthony Garotinho%2C do PR%2C escolheu o Batan%2C que tem a terceira UPP do Rio%2C para falar que a prioridade de seu programa será o aumento do efetivo policialDivulgação

Procurada, sua assessoria informou que Garotinho quer voltar com o ‘Reservistas da Paz’, implementado em 2003 no governo de sua esposa, Rosinha Matheus (PR). O programa prevê que jovens recém-saídos do serviço militar ingressem no setor administrativo da PM. Com isso, os agentes que antes trabalhavam na parte burocrática da corporação passariam a atuar no policiamento ostensivo.

Na carreata que fez no Batan,na Zona Oeste, que foi a terceira comunidade carioca a receber uma Unidade de Polícia Pacificadora, Garotinho repetiu que manterá as UPPs. “A marca UPP vai continuar. Esse negócio de acabar com um programa porque foi feito em outra gestão é bobagem.”

A 15 dias das eleições, as pesquisas de intenção de voto colocam Garotinho no segundo turno junto com o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). O candidato do PR, no entanto, foi cauteloso ao comentar possíveis alianças para enfrentar o peemedebista.“É até uma falta de respeito, antes da abertura das urnas, alguém falar em segundo turno. Se eu estiver no segundo turno, numa hipótese que você (jornalista) está levantando, não vejo problema em procurar Lindberg (PT) e Crivella (PRB).”

Não à aliança com PMDB

No seu blog pessoal, Garotinho mantém discurso mais desafiador. “Uma coisa é o candidato Crivella e Lindberg apoiarem a mim ou a Pezão, outra coisa bem diferente é os seus eleitores os seguirem”, postou esta semana, ciente das dificuldades que terá em costurar aliança com o petista ou com o candidato do PRB.

“A única coisa que eu não faria é compactuar com o PMDB, que levou o Rio de Janeiro a essa situação”, disparou. Garotinho voltou a tomar remédios para combater a virose que o tirou da campnha eleitoral por três dias. Mas o candidato manteve a agenda prevista para hoje.

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