Por thiago.antunes

Rio - Três dias após o debate entre os presidenciáveis no último domingo, na Record, os comentários homofóbicos do candidato Levy Fidelix (PRTB) continuam a gerar reações de repúdio de entidades, políticos e comunidades LGBTs. Nesta terça-feira cerca de 300 pessoas realizaram um ‘beijaço’ na região central de São Paulo contra as declarações do presidenciável. Entre outras afirmações polêmicas, Levy defendeu que é preciso “combater os homossexuais” e que “órgão excretor não se reproduz”.

O candidato do PRTB, que chegou a solicitar proteção à Polícia Federal temendo represálias por suas ofensas a gays, disse nesta terça que não tinha nada a se desculpar. “Eu só disse que é eles lá e eu, cá. Se eu não fiz nada, por que tenho que pedir desculpas a alguém?"

Levy Fidelix é candidato à presidência da República pelo PRTBDivulgação

Portando cartazes com dizeres como ‘Mais amor, menos aerotrem’ e ‘Órgão excretor é a sua boca, Levy’, os manifestantes fecharam a Avenida Paulista na noite de ontem e caminharam pedindo que a homofobia seja considerada crime no Brasil. Eles também defenderam que Fidelix fique fora do debate da TV Globo, programado para amanhã, e que tenha a candidatura cassada. Outro evento organizado pelo Facebook promete levar manifestantes para se beijarem amanhã em frente à sede do PRTB, partido de Levy, na Moema, em São Paulo. Quase mil pessoas já confirmaram presença.

Nesta terça no Twitter, o deputado Tiririca (PR-SP) usou o humor para questionar as declarações do candidato. “Como diriam os Mamonas, abra a sua mente, gay também é gente!”, publicou. Na segunda-feira, a OAB encaminhou uma representação ao TSE, solicitando a cassação da candidatura de Levy à Presidência. A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABLGT) divulgou nota, afirmando que entrará com ação judicial coletiva por danos morais contra o candidato.

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