
Rio - Política não é balcão de emprego e muito menos negócios de família, mas aqui no Rio de Janeiro alguns herdeiros de políticos famosos parecem estar se estabilizando na carreira de seus pais. Jair Bolsonaro (PP), que foi o candidato a deputado federal mais votado do Rio de Janeiro, com 464.572 votos, vai assumir seu quarto mandato ao lado dos filhos Flávio e Eduardo. Flávio Bolsonaro (PP) conseguiu 160 mil votos e garantiu vaga na Alerj, e o o estreante Eduardo (PSC) teve mais de 82 mil para deputado federal por São Paulo, onde mora.
Juntos, os três somam mais de 700 mil votos. “Meus filhos não são apenas filhos de deputado. São preparados, falam três línguas, enfrentam bandidos”, diz, todo orgulhoso o pai, que tem ainda o filho Carlos, vereador no Rio de Janeiro. Outro que também tem orgulho de suas crias é Jorge Picciani (PMDB), que volta à Alerj ano que vem ao lado do caçula, Rafael, enquanto Leonardo, o mais velho, assume o quarto mandato de deputado federal.
Todos são do PMDB e juntos somaram mais de 300 mil votos. “Cada um de nós tem uma maneira de trabalhar. Somos carinhosos como pais e filhos, mas fazemos questão de ser independentes”, afirma chefe da família Picciani. Do clã dos Garotinho, Clarissa, a filha do candidato derrotado do PR ao governo do Rio, Anthony Garotinho, garantiu vaga em Brasília. Foi a segunda mais votada para deputada federal, com 335.061 votos. Procurada pela ontem, ela não retornou. Estava em Campos, junto da família, consolando o pai.
Marco Antônio, de 23 anos, estreia com 120 mil votos
Marco Antônio Cabral tem 23 anos, desde os 11 se envolve com política e, mesmo se quisesse, seria impossível dissociar sua imagem da imagem do seu pai, o ex-governador Sérgio Cabral. São extremamente parecidos.
O jovem acaba de se eleger deputado federal pelo PMDB, com 120 mil votos. “Sempre sonhei me candidatar, mas tive de esperar. Meu pai não queria que eu enveredasse pela política. Pai sempre quer o melhor pro filho, não é?”, diz, sem esconder um certo jeito de menino. Ele confessa ter orgulho do pai e diz que que não está herdando apenas o eleitorado, mas a credencial: “Meu nome é Marco Antônio Cabral e sou filho do governador que mais fez por este estado”, afirma.