Rio - Mesmo que ainda conte com o domínio do PMDB, que elegeu 15 deputados estaduais — atualmente tem 16 —, a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) terá renovação de 40%. Das 70 vagas da Casa, 28 passarão a ser ocupadas por novatos, que nunca estiveram na Assembleia.
É o caso do ex-secretário municipal de Transportes Carlos Roberto Osório, um dos pupilos do prefeito Eduardo Paes, que nunca havia se candidatado e logo na sua estreia obteve mais de 70 mil votos.
Outro estreante é o Jorge Felippe Neto (PMDB), eleito mesmo com o escândalo envolvendo o nome do seu pai. O deputado federal Rodrigo Bethlem (PMDB) teve gravada uma conversa com sua ex-mulher Vanessa Felippe, mãe de Jorge Felippe Neto, na qual admite que recebia propina de empresas.
Bethlem renunciou à candidatura, sumiu das ruas, mas o filho contou com a ajuda do avô, o presidente da Câmara dos Vereadores, Jorge Felippe (PMDB). Recebeu mais de 32 mil votos. A Alerj terá entre os estreantes mais evangélicos, como é o caso da Tia Ju, do mesmo PRB de Marcelo Crivella, que conseguiu derrubar Anthony Garotinho e vai disputar o segundo turno com o governador Pezão. Tia Ju é da Igreja Universal do Reino de Deus e seus fiéis eleitores lhe concederam no domingo 74.803 votos. Nada mal para quem está debutando na política.
Quem também vai pisar na Casa pela primeira vez como parlamentar é a ex-chefe de Polícia Civil Martha Rocha (PSD). No dia 31 de janeiro deste ano, ela deixou o cargo para se tentar a carreira política. Conseguiu se eleger com 52.698 votos. Já os veteranos Gerson Bergher (PSDB), Janira Rocha (Psol), Coronel Jairo (PMDB), Roberto Dinamite (PMDB), Chiquinho da Mangueira (PMN), Myrian Rios (PSD) e Aspásia Camargo (PV) estão voltando para a vida de cidadãos comuns.