Rio - Catorze estados definiram ontem as eleições para governador (mapa ao lado). Em alguns, o resultado surpreendeu por contrariar todas as pesquisas, como na Bahia, onde Rui Costa (PT) virou o jogo na reta final e venceu no primeiro turno o democrata Paulo Souto, que era apontado como favorito até a semana passada.
Houve surpresas também em estados onde a disputa continua, como no Rio Grande do Sul, onde José Ivo Dartori (PMDB) ficou em primeiro, e vai enfrentar no segundo turno o governador Tarso Genro (PT), que busca a reeleição. A senadora Ana Amélia (PP), que aparecia até a semana passada como favorita nas pesquisas, está fora da disputa.
O PT, que tinha quatro governadores, saiu fortalecido do primeiro turno, já com três estados com governadores do partido (Bahia, Piauí, e Minas Gerais) e petistas disputando o segundo turno no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso do Sul. No Acre, até as 23h, o governador Tião Vianna liderava com 49,78% dos votos válidos, mas ainda não estava certo se conseguiria vencer já no primeiro turno.
O PSB elegeu ontem dois governadores, Paulo Câmara, em Pernambuco, e Chico Rodrigues, em Roraima. O partido se mantém na disputa no segundo turno ainda no Amapá e na Paraíba. O PSDB também sai do primeiro turno com dois governos conquistados, em São Paulo e no Paraná, e concorrendo em outros quatro (Rondônia, Paraíba e Goiás). No Pará, às 23h, Simão Jatene tinha 48,46%, numa disputa indefinida com Helder Barbalho, do PMDB, que tinha 49,90%.
O partido de Barbalho elegeu três governadores ontem (Tocantins, Sergipe e Espírito Santo) e continua na briga no Rio Grande do Sul, Amazonas, Goiás e Rio. O PDT saiu do primeiro turno com um governo conquistado, o do Mato Grosso, com o senador Pedro Tasque, e concorre ainda no Amazonas, com Waldez.
Entre os pequenos, o PSD conquistou, com Raimundo Colombo, o governo de Santa Catarina e ainda disputa, com Robinson Faria no Rio Grande do Norte.
O Pros, em sua primeira disputa, não elegeu nenhum governador, mas colocou Camilo Capiberibe no segundo turno no Amazonas.
Apenas um ex-ministro de Dilma passa no teste das urnas
Apostas fortes do Partido dos Trabalhadores na disputa das eleições para os governos estaduais, dos três ex-ministros de Dilma que deixaram o cargo para assumir candidaturas, apenas um triunfou nas urnas: Fernando Pimentel, eleito governador de Minas Gerais com 52,98% dos votos válidos. O ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior derrotou Pimenta da Veiga (PSDB) na terra natal de Aécio Neves, deixando o tucano em segundo lugar, com 41,89%.
Por outro lado, no Paraná, a petista Gleisi Hoffmann não fez jus às expectativas do partido em torno de seu nome, e decepcionou ao terminar na terceira colocação. Beto Richa (PSDB) foi reeleito no primeiro turno, com 55,67% dos votos válidos, seguido por Roberto Requião (PMDB), que obteve 27,56%. A ex-ministra da Casa Civil de Dilma Rousseff ficou com apenas 14,87% dos votos.
O ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também não conseguiu fazer frente ao PSDB em São Paulo, onde Geraldo Alckmin venceu com 57,31% dos votos. Paulo Skaf, do PMDB, ficou em segundo lugar, obtendo pequena margem à frente de Padilha. Skaf terminou com 21,53%, contra os 18,22% do petista.
