Por nicolas.satriano

Rio - Depois de prévio "não" do senador petista Lindberg Farias, nesta segunda-feira, o governador e candidato à reeleição, Luiz Fernando Pezão (PMDB), mantém o otimismo. Em entrevista durante visita à um conjunto residencial em Manguinhos, Zona Norte do Rio, nesta terça-feira, ele disse que mais partidos se unirão à sua campanha de segundo turno, inclusive legendas que representavam outros candidatos. A promessa é que os apoios sejam anunciados nesta quarta-feira.

Sobre a aliança do ex-candidato Anthony Garotinho (PR) com o adversário Marcelo Crivella (PRB), anunciada nesta manhã, Pezão voltou considerou a situação previsível, já que Garotinho fez incessantes ataques durante o primeiro turno. Curiosamente, Pezão repetiu também que prefeitos do PR já sinalizaram apoio à sua candidatura.

Otimista%2C Pezão prometeu nesta terça-feira%2C em Manguinhos%2C que mais partidos apoiarão sua candidaturaFabio Gonçalves / Agência O Dia

O peemedebista também mostrou confiança sobre um possível apoio de deputados federais e estaduais do PT, que, segundo ele, devem tomar a decisão de apoiar, ou não, a campanha de reeleição do governador nesta teça ou quarta-feira.

Conversa com Freixo

Mesmo após declaração do deputado estadual Marcelo Freixo (Psol), nesta segunda-feira, em que ele disse não haver possibilidade de apoiar Pezão por ser contra o ex-governador Sérgio Cabral, que deixou o cargo para o vice, o atual governador contou que ligou para o deputado: "Conversei com Freixo e a conversa foi boa, mas sei da dificuldade do Psol em me apoiar".

Pezão cumpriu agenda para o segundo turno das eleições e visitou o Conjunto Residencial Nova CCPL.

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Pezão recebe 'não' de Lindberg

Nesta segunda-feira, Pezão recebeu um prévio não de Lindberg Farias (PT) ao pedir apoio para segundo turno. Em coletiva à imprensa, no Palácio Guanabara, o governador afirmou que ligou para Lindberg e que esse teria lhe dito que a tendência é que ele e a presidência do partido no Rio apoiem o senador Marcelo Crivella. Mesmo assim, Pezão disse que pediu ao petista que ouvisse sua posição.

“Pedi ao Lindberg que ouvisse o meu apelo. Já apoiei ele, levei ele para 85 municípios quando ele foi candidato ao Senado. Mas vamos esperar a decisão do diretório do PT. Eles que decidem. Dos 11 prefeitos do PT, eu posso vir a ter apoio de 10. Está muito cedo, não tem 24 horas do fim da votação. Acho difícil o presidente do PT no Rio (Washington Quaquá) e o Lindberg me apoiarem, mas respeito a posição deles”, desabafou.

O governador falou que também políticos do PR, partido de Anthony Garotinho, e de outras coligações já demonstraram apoio a ele, mas não deu nomes. “Temos a maior aliança dessas eleições, 18 partidos. Diversos deputados que se elegeram já me ligaram declarando apoio. Na hora certa, nós vamos anunciá-los. Vamos ter muitas novidades por aí”, disse.

Pezão também justificou a falta de apoio dos seus adversários do primeiro turno alegando que seu relacionamento sempre foi com os prefeitos e com os partidos. “Não tenho problemas em ligar para nenhum candidato, mas alguns têm mais dificuldades de aderirem, até pelo estilo de campanha que foi feito”, disse Pezão, acrescentando que também já esperava que Garotinho apoiasse Crivella, já que o ex-governador ajudou na campanha do candidato para o Senado Federal.

O candidato também disse que procurou o senador eleito Romário e que a conversa foi “muito boa”. O vice-presidente Michel Temer (PMDB) disse nesta segunda-feira, no Palácio, que a presidenta Dilma Rousseff tem “apreço pessoal e político” pelo governador, mas afirmou que a tendência é que ela não suba ao palanque de nenhum candidato, já que ela também apoia Crivella.

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