Por thiago.antunes

Rio - O candidato ao Palácio Guanabara Marcelo Crivella (PRB) decidiu subir o tom e rebater as críticas que tem recebido do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). O peemedebista tem dito que o senador é influenciado pelo tio Edir Macedo, bispo fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, e que, em caso de vitória de Crivella, Macedo seria o verdadeiro governador do Rio.

Nesta terça-feira, em Nova Iguaçu, Crivella afirmou que seu rival é ‘bipolar’. “O povo está sabendo agora que o Pezão é um bipolar. Ora ele vai no Templo de Salomão e elogia o bispo (Macedo), ora ele chama o bispo de ladrão; ora ele é humilde, ora ele é prepotente; ora ele é Garotinho, ora ele é Cabral; ora ele é Aécio, ora ele é Dilma”, disse Crivella.

Em Nova Iguaçu%2C candidato do PRB voltou a criticar a falta de água e de saneamento na Baixada Carlo Wrede / Agência O Dia

Ex-prefeito de Nova Iguaçu e derrotado no primeiro turno para o governo do estado, o agora aliado Lindberg Farias (PT) disse que a campanha de Pezão é uma ‘baixaria’. Os dois caminharam e fizeram carreata acompanhados da deputada federal Clarissa Garotinho (PR), filha do correligionário Anthony Garotinho, que ficou em terceiro lugar no pleito e também declarou apoio a Crivella.

“A campanha do Pezão está pegando muito mal. É uma campanha de baixaria, de preconceito e de intolerância religiosa. Ele está dando um tiro no pé”, afirmou Lindberg. Na próxima segunda-feira, Garotinho organiza uma caminhada com Crivella em vários municípios do Norte e Noroeste do estado, terminando com um comício em Campos dos Goytacazes.

Garotinho responde por calúnia

Anthony Garotinho (PR) responderá no Supremo Tribunal Federal (STF) por crime de calúnia. Derrotado no primeiro turno das eleições para o governo do estado, Garotinho afirmou em seu blog que o delegado Cláudio Ferraz, da Polícia Civil do Rio, arquivou inquérito contra a Prefeitura de Rio das Ostras por pressão de políticos do PMDB, mesmo partido de Sérgio Cabral, à época governador do estado.

Por ser deputado federal e ter foro privilegiado, Garotinho responderá na última instância da Justiça brasileira. De acordo com a ministra Rosa Weber, relatora do processo, a conduta de Ferraz foi investigada, e o caso em Rio das Ostras foi arquivado por não haver irregularidade.

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