Por paulo.gomes

Rio - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu na noite de terça-feira que Niterói terá de usar a identificação biométrica no segundo turno das eleições, no dia 26 deste mês. O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) havia determinado o uso de urnas eletrônicas convencionais no município, em substituição às 1.312 urnas com leitor de identificação biométrica, em função de problemas com a nova tecnologia de identificação na região.

O presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, argumentou, no entanto, que houve “franca usurpação de competência atribuída ao TSE”. Em seu voto, acompanhado pelos demais ministros do tribunal, Toffoli disse que a decisão tomada pelo tribunal regional é privativa do TSE. Dessa forma, ele entendeu que a determinação do TRE do Rio é um “ato nulo”.

Moradores de Niterói sofreram durante votação no 1º turno por conta da implementação da biometriaDivulgação

“Os procedimentos adotados em primeiro turno devem ser mantidos no segundo turno. Não foram registrados prejuízos ao eleitor”, acrescentou. O TRE-RJ havia pedido ainda que, em caso de negativa, o TSE reduzisse o número de tentativas de identificação biométrica do eleitor de oito para duas. Esse pedido, no entanto, também foi negado.

Toffoli ressaltou que houve êxito nos estados onde a biometria foi aplicada – Sergipe, Alagoas e Acre e mais o Distrito Federal – e que os problemas encontrados no DF ocorreram “em algumas leitoras de biometria, que estão sendo substituídas”. Segundo Toffoli, identificou-se ainda em Niterói “a necessidade de orientar melhor” os que trabalharam nas eleições.

O ministro determinou que o TSE envie dez técnicos para prestar auxílio durante a votação no município e pediu desculpas aos eleitores niteroienses que tiveram alguma dificuldade no primeiro turno.

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