Por thiago.antunes

Rio -  Em sua jornada em busca de apoios que o levem à presidência da Câmara, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB) ganhou um aliado de peso: o governador Luiz Fernando Pezão. Eles se encontraram a portas fechadas nesta segunda-feira, no Palácio Guanabara. Segundo Cunha, tanto o governador quanto o prefeito

Eduardo Paes (PMDB) prometeram se engajar na sua campanha para comandar a Câmara.
A candidatura de Eduardo Cunha enfrenta resistências do Palácio do Planalto. A presidenta Dilma Rousseff já avisou a aliados que não quer o deputado à frente da Câmara. O PT estuda lançar um candidato para enfrentar o peemedebista.

Após se posicionar contra o lançamento da candidatura do deputado à presidência da Câmara, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) deu sinais de que vai apoiar Cunha. Há uma semana, os dois se reuniram antes do jantar de confraternização do PMDB com governadores, senadores e parlamentares em Brasília. Na ocasião, afinaram o discurso sobre a candidatura de.

Candidatura de Cunha enfrenta resistências do Palácio do PlanaltoABr

É consenso entre as lideranças que o partido se dividiu nas eleições deste ano e que precisa se reorganizar. “Não quero ser presidente da Câmara para fazer oposição, nem ser um nome da situação. Mas também não serei um candidato submisso ao governo”, afirmou o deputado Eduardo Cunha. O envolvimento de Pezão com a campanha do colega de partido deverá ser feito com cautela. Afinal, o governador não quer melindrar a presidenta Dilma. Mesmo comportamento deverá ser adotado por Eduardo Paes.

Na semana passada, quando esteve em Brasília para parabenizar Dilma Rousseff por sua reeleição Pezão tirou o corpo fora quando perguntado sobre a vontade de Eduardo Cunha em ser presidente da Câmara. “Isso é um problema do Congresso aqui. Eu tenho os meus problemas lá no Rio de Janeiro, que não são poucos. Cada parlamento tem a sua autonomia e está muito cedo ainda. As eleições são em fevereiro”, despistou Pezão.

Para a bancada do PMDB no Rio, caberá ao governador costurar a reaproximação entre Cunha e o governo federal. “Pezão pode distensionar esse momento. A presidenta não vai interferir no Congresso”, diz o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ). Segundo ele, o PMDB do Rio defende a candidatura de Cunha à Presidência da Câmara. “O PT quer tudo e é exagerado falar que Cunha atrasou o governo. O Congresso não pode ser feito com vaquinhas de presépio”, argumentou.

Reportagem de Leandro Resende

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