Por nicolas.satriano

Rio - Dois políticos do PR, Marcos Soares, eleito deputado federal, e Filipe Soares, eleito deputado estadual, e outros três pastores da Igreja Internacional da Graça de Deus foram processados pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE/RJ) por abuso de poder econômico e por uso de templos da igreja para atividades de campanha eleitoral. Segundo informação da Procuradoria, o Ministério Público quer impedir a posse dos deputados eleitos.

Foi a partir da denúncia de dois membros da própria igreja, em Duque de Caxias, que fiscais do TRE apreenderam materiais de campanha como panfletos dos candidatos ao lado do pai, o missionário R. R. Soares, adesivos e cartões com inscrições “curta a página no facebook do deputado Marcos Soares”.

Na ação, a PRE pede ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a cassação do diploma dos deputados recém-eleitos e os torne inelegíveis até 2022. Os outros réus também estariam sujeitos às mesmas sanções: os pastores Luis Claudio Andrade, Antonilton Alves de Souza e Luciano Moreira de Sá - todos membros da Igreja Internacional da Graça de Deus. A procuradoria informa, ainda, que devido à conduta abusiva, todos os réus serão julgados por captar votos durante as celebrações religiosas.

O autor do processo, o procurador regional eleitoral Paulo Roberto Bérenger, lembrou que é sugerido a candidatos que só participem de celebrações que envolvam religião como espectadores: "A possibilidade de captar votos em eventos religiosos é enorme. Daí a recomendação de que candidatos a cargos eletivos não celebrem cultos", disse o procurador.

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