Por thiago.antunes

Rio - O governador reeleito Luiz Fernando Pezão (PMDB) arrecadou quase sete vezes mais do que seu adversário no segundo turno das eleições, Marcelo Crivella (PRB). O peemedebista recebeu R$ 45,1 milhões, e o senador, R$ 6,6 milhões. Os dados estão na prestação final de contas, divulgada nesta terça-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O valor repassado a Pezão é mais do que o dobro do que foi arrecadado pelos outros seis candidatos ao governo do estado. Somados, eles conseguiram aproximadamente R$ 20,3 milhões. Pezão gastou cerca de seis vezes mais em sua campanha do que Crivella: R$ 45 milhões contra R$ 7,3 milhões. O governador conseguiu, porém, fechar suas contas no azul, com saldo positivo de R$ 57 mil. Já o senador do PRB gastou mais do que arrecadou, e sua prestação de contas apresenta déficit de R$ 657 mil.

Boa parte das doações recebidas por Pezão veio do Cômite Financeiro Único criado pelo partido para centralizar a distribuição de recursos para as campanhas. O Comitê repassou dinheiro para campanha do governador em 6.460 parcelas, que variaram de R$ 200 a meio milhão de reais.

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Entre os doadores de Pezão, aparecem duas empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato da Polícia Federal, que apura o esquema de corrupção e desvio de dinheiro na Petrobras. A OAS contribuiu com R$ 1,25 milhão, enquanto a Queiroz Galvão doou R$ 255 mil.

Crivella recebeu uma doação de construtora: R$ 100 mil da Carioca Christiani-Nielsen, que não é investigada pela PF. A empresa fez doações também a Pezão. Às vésperas do primeiro turno, o governador recebeu contribuições financeiras de dois políticos: R$ 48 mil vieram de Michel Temer, vice-presidente da República, e R$ 12 mil de Paulo Melo, deputado estadual reeleito e atual presidente da Assembleia Legislativa do Rio, ambos do PMDB.

A contribuição mais importante para Crivella veio da campanha da presidenta reeleita Dilma Rousseff (PT), que doou R$ 1,5 milhão ao candidato derrotado, cerca de 22% do recebido pelo senador durante toda campanha. Para amenizar seu prejuízo, a conta ainda está aberta para receber doações. Após as eleições, o senador recebeu R$ 747 mil, a maior parte da empresa de alimentos JBS.

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