Rio - A Procuradoria Regional Eleitoral do Rio de Janeiro propôs ações contra o deputado federal reeleito Francisco Floriano (PR) e o recém-eleito deputado estadual Milton Rangel (PSD), além de três religiosos das igrejas Mundial do Poder de Deus e Universal do Reino de Deus. Eles são acusados de abuso de poder econômico por fazer campanha nos templos religiosos, o que é proibido.
Na primeira ação, a Procuradoria pede a cassação dos diplomas dos deputados eleitos, impedindo suas posses tanto na Câmara dos Deputados quanto na Assembleia Legislativa. O terceiro réu nesta ação é Leonardo Carlos Machado, conhecido como Pastor Léo, da filial de Duque de Caxias da Igreja Mundial do Reino de Deus.

A segunda ação tem como réus os bispos da Igreja Universal do Reino de Deus Daniel Santos e Junior Reis, acusados de usar os templos da igreja em Del Castilho, na Zona Norte, e em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, para fazer campanha para o candidato a governador Marcelo Crivella (PRB), que é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, e também para os candidatos a deputado federal Roberto Sales e Rosângela Gomes, também do PRB, além dos candidatos a deputado estadual Benedito Alves (PMDB) e Tia Ju (PRB).
Todos ficarão sujeitos também à pena de declaração de inelegibilidade por oito anos. As ações foram movidas pelo procurador regional eleitoral, Paulo Roberto Bérenger, e já foram protocoladas no Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RJ).
“Em uma democracia a liberdade religiosa é plena. O que é inadmissível é a transformação de templos religiosos em comitês eleitorais”, diz o procurador Paulo Roberto Bérenger. O DIA tentou contato ontem com os candidatos denunciados, mas, até o fechamento da edição, eles não haviam sido localizados.