Daniel Alves estava com a agora ex-mulher Joana Sanz na boate onde ocorreu o crime de estupro, em 30 de dezembro de 2022Reprodução/Instagram DaniAlves

Joana Sanz, ex-mulher de Daniel Alves, comentou pela primeira vez sobre as visitas ao jogador na prisão, que fica na região de Barcelona. Em entrevista para a revista Vanitatis, a modelo relatou como foram os momentos com o jogador brasileiro que está preso na Espanha desde o dia 20 de janeiro, acusado de agressão sexual contra uma jovem de 23 anos.
"Eu o vejo através de um vidro e falamos por um telefone. Não estamos sozinhos. São cabines transparentes e, ao lado, tem mais pessoas que, se falamos um pouco mais alto, nos escutam. Por isso fico revoltada e ainda não pudemos falar de coisas sérias que nos afetam. Ainda não pude insultá-lo", comentou a ex-mulher do jogador.
Joana esteve na penitenciária Brians, onde Daniel Alves está preso, ao menos duas vezes. Na entrevista, a modelo deixa claro que, apesar da repercussão do caso envolvendo o jogador e do conhecimento público do brasileiro, Daniel é tratado como os demais presos na Espanha e não tem privilégios.
Em uma das idas até o presídio de Barcelona, de Joana Sanz foi discutir o divórcio com Daniel Alves. Segundo o programa 'Y Ahora Sonsoles', do canal de TV Antena 3, Daniel e Joana ficaram frente a frente na oportunidade e debateram sobre temas pessoais, mas sempre com a presença de seguranças e profissionais do local.
O casal se separou depois de alguns meses da prisão do jogador. Daniel deu versões diferentes em seu depoimento porque, segundo sua defesa, ele tentou preservar o casamento, o que não deu certo.
Ele também já tentou mais de uma vez responder o caso em liberdade, assegurando para a Justiça que não deixaria o país. Mas seus pedidos não foram atendidos. Sua ex-mulher e filhos resolveram morar em Barcelona nesse período.

Entenda o caso

Daniel Alves teve a prisão decretada no dia 20 de janeiro. Ele foi detido ao prestar depoimento sobre o caso de agressão sexual contra uma mulher na madrugada do dia 30 de dezembro.
O Ministério Público pediu a prisão preventiva do atleta de 40 anos, sem direito à fiança, e a titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido. O Pumas, do México, rescindiu o contrato com o jogador no mesmo dia alegando "justa causa".
A acusação se refere a um episódio que teria ocorrido na casa noturna Sutton, em Barcelona, na Espanha. O atleta, que defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar, teria trancado, agredido e estuprado a denunciante em um banheiro da área VIP da casa noturna.
Ela procurou as amigas e os seguranças depois do ocorrido. Material coletado continha vestígios de sêmen, tanto internamente quanto no vestido da denunciante.
A equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã (Mossos d’Esquadra), que colheu depoimento da vítima. Uma câmera usada na farda de um policial gravou acidentalmente a primeira versão da vítima sobre o caso, corroborando o que foi dito por ela no depoimento oficial.
A mulher também passou por exame médico em um hospital. Daniel Alves foi embora do local antes da chegada dos policiais.
Segundo a imprensa espanhola, a contradição no depoimento do lateral-direito foi determinante para o Ministério Público do país pedir a prisão e a juíza aceitar.
No início de janeiro, o jogador deu entrevista ao programa "Y Ahora Sonsoles", da Antena 3, em que confirmou que esteve na mesma boate que a mulher que o acusa, mas negou ter tocado na denunciante sem a anuência dela e disse que nem a conhecia.