Rafael Matos e Luisa Stefani, dupla de tenistas brasileiros Divulgação/Tennis Australia

Inglaterra - Os mandatários da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) e da Associação de Tênis Feminino (WTA) vão se reunir no final de setembro, em Londres, para estudar uma fusão entre o circuito de masculino e feminino de tênis. 
Conforme informação do jornal britânico "The Telegraph" o presidente da ATP, Andrea Gaudenzi, e o diretor executivo da WTA, Steve Simon, vão debater o potencial de se promover um circuito unificado. A ideia é que ambas as associações possam trabalhar em conjunto a fim de consolidar a modalidade sendo gerida por um único órgão.
Contudo, os atletas estariam menos empolgados com a possibilidade já que a distribuição das premiações em dinheiro são iguais nos torneios de Grand Slam (Australian Open, Roland Garros, Wimbledon e US Open) e essas competições não estariam englobadas numa possível unificação do circuito já que são administradas pela ITF (Federação Internacional de Tênis). Vale destacar que os homens faturam cerca de 75% a mais que as mulheres em premiações ao longo do ano.
A união entre ATP e WTA é debatida há anos e diversos jogadores já se manifestaram publicamente. Roger Federer e Billie Jean King pediram a união em 2019, quando o então presidente da WTA, Micky Lawler, levantou a hipótese de consolidar a parceria.  
Caso haja a fusão entre as duas organizações, a mudança não sairá de maneira imediata. Isso porque as duas associações possuem contratos comerciais com empresas que patrocinam seus respectivos eventos, além das emissoras detentoras dos direitos de transmissão. Um outro entrave é que alguns torneios não possuem logística para serem ampliados visando as disputas masculinas e femininas.