Falcão se defendeu e afirmou que estava no aguardo de um carro de aplicativo Reprodução

Santos - O arquivamento do processo movido contra Paulo Roberto Falcão decepcionou a recepcionista que o acusou de importunação sexual, em Santos, há três meses. Em entrevista ao portal 'Trivela', a mulher, de 26 anos, desabafou contra a decisão judicial. Desempregada desde o episódio, ela prometeu lutar pela retomada das investigações e a condenação do ídolo do Internacional.
A recepcionista registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos. Ela o acusa de ter encostado o órgão genital em seu braço por duas vezes. Mesmo com imagens de câmeras de segurança e depoimento de uma testemunha, que confirma a importunação sexual, a Justiça, por meio do juiz Leonardo de Mello Gonçalves, da 2ª Vara Criminal de Santos, acolheu o pedido do Ministério Público (MP) e arquivou as investigações na semana passada. Para eles, não havia “indícios de ocorrência de ilícito penal”.
"Esse arquivamento foi muito injusto. A Justiça quer que eu aceite que ele passe o pênis no braço e fique calada, mas eles não vão me calar. Ele invadiu um espaço que não era dele e cometeu um crime. Está nas imagens. Tem testemunhas que viram, e ainda assim a decisão foi de arquivar. Um absurdo! Ele tinha que tirar a roupa para ficar provada a importunação?", declarou a recepcionista.
"Estou desempregada e com dificuldades para arrumar um novo emprego. Com o arquivamento do inquérito, fico com a imagem de mentirosa. Para as pessoas que não entendem, ele foi absolvido. Mas não foi isso que aconteceu e não é assim que vai terminar", completou.
O ex-jogador negou ter tentado importunar sexualmente a recepcionista e afirmou ter acessado o espaço destinado à recepcionista para visualizar o monitor e verificar se um colega de trabalho, também hóspede do condomínio, já estava a caminho da portaria, porque fariam juntos o uso de um carro de transporte por aplicativo.
O juiz que determinou o arquivamento do caso concordou que Falcão foi inconveniente e causou desconforto na recepcionista do condomínio. Apesar disso, de acordo com ele, a aproximação não caracteriza o delito.