Algemado, o jogador belga Stephane Omeonga foi retirado à força de avião e acusa a polícia italiana de agressãoReprodução de vídeo
Vídeo: algemado e retirado à força de avião, jogador acusa polícia de agressão
Caso aconteceu na Itália, quando Stephane Omeonga embarcava para Israel
O belga Stephane Omeonga acusou a polícia italiana de agressão, após ser retirado à força de um avião. O jogador do Bnei Sakhnin, de Israel, postou nas redes sociais um vídeo do momento em que foi algemado e levado à força por dois policiais, no dia 25, quando viajava de Roma a Tel Aviv, para se reapresentar.
Segundo o relato de Omeonga, tudo começou quando um comissário de bordo o abordou e pediu para que saísse do avião, devido a um problema nos documentos. O jogador afirmou que estava "confiante na validade dos documentos" e perguntou "calmamente que tipo de questão".
Por não sair de seu assento, a polícia foi chamada e o abordou. No vídeo, é possível ver o momento em que é algemado e recebe um golpe de mata-leão para levantar do assento. O jogador fez a acusação de que a agressão começou após sair do avião.
"Longe da vista das testemunhas, os policiais me jogaram violentamente no chão, me espancaram e um deles pressionou o joelho contra minha cabeça. Fui então levado numa viatura da polícia, algemado como um criminoso, para o aeroporto", relatou.
Omeonga ainda afirmou que uma ambulância chegou, mas "em estado de choque, não consegui responder às perguntas dos paramédicos".
Ele disse ainda que ficou detido por horas em uma sala cinzenta, sem comida ou água, "em estado de total humilhação". E ainda soube que um policial apresentou queixa por ter sofrido supostos ferimentos durante a prisão, "apesar de eu estar algemado".
"Além disso, até hoje não recebi nenhuma justificativa para minha prisão. Como ser humano e pai, não posso tolerar qualquer forma de discriminação. Esta prisão é apenas a ponta visível do iceberg. Muitas pessoas que se parecem comigo não conseguem encontrar trabalho, não têm acesso a moradia ou não podem praticar os esportes que amam, simplesmente porque são negras", desabafou.
"Devemos permanecer unidos e levantar a nossa voz para educar aqueles que nos rodeiam – os nossos colegas, vizinhos e amigos – sobre esta questão que assola a nossa sociedade e impede o seu progresso. Paz".
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