Sandro Henrique Silva, de 21 anos, é um dos principais nomes do bodysurfDivulgação

Rio - Já consagrado como país do futebol, o Brasil também passou a dominar o mar com o famoso Brazilian Storm, onde os brasileiros conquistaram sete dos últimos 10 campeonatos mundiais de surfe. Como nunca é demais, o nosso país começa a pedir passagem no bodysurf, um esporte onde os praticantes utilizam o próprio corpo para pegar ondas.
Em 2017 foi aprovado um projeto de lei que torna o surfe de peito, ou bodysurf, patrimônio imaterial cultural do estado do Rio de Janeiro. Morador de Saquarema, Sandro Henrique da Silva, de 21 anos, é uma das joias do esporte no Brasil e começou no esporte pegando o famoso jacaré.
“Quando eu tinha 14 anos, tomei um caixote e me afoguei no mar, o que me deixou traumatizado. Com isso eu coloquei na cabeça que perderia o medo do mar e disse pra mim mesmo que me tornaria um atleta de surfe, porém não tinha condições financeiras. Então como qualquer pessoa comecei a pegar o famoso jacaré. E conforme fui melhorando nessa brincadeira percebi que aquilo era um esporte. Descobri que era praticado no mundo todo e comecei a me dedicar”, iniciou o jovem.
Sandrim, como é conhecido no meio do bodysurf, revelou que o esporte ainda não tem o reconhecimento que merece, mas assim como outros atletas ele se dedica e luta para conquistar seus objetivos tanto pessoais quanto no esporte.
“Hoje ainda não temos uma federação para o esporte, mas estamos lutando para conseguir um reconhecimento. Há seis anos eu venho me dedicando e crescendo cada dia mais no mar e nas redes sociais. Hoje eu não vivo do esporte, mas consigo ter um certa visibilidade na internet. Estamos em busca de patrocinadores tanto pessoais quanto para os campeonatos. Muito do que ganho hoje é mais por conta do número de seguidores nas redes”, revelou o atleta.
Antes o que era apenas um hobby, o famoso jacaré, agora é um esporte com campeonatos regionais, nacionais e até internacionais. Sandro se dedica diariamente para poder representar o Brasil em um futuro próximo.
“Existem torneios regionais e estaduais, e também algumas competições grandes fora do país. Estamos treinando diariamente para quando chegar essa oportunidade de ir. Tenho certeza que estarei preparado, pois já ganhei algumas competições aqui no Brasil. Temos algumas competições boas e renomadas em todo o Rio de Janeiro que visamos sempre estar participando”, contou.
Para quem deseja se aventurar no esporte, Sandro falou sobre os lugares que são os mais adequados para o início no bodysurf.
“Saquarema é considerada a capital do surfe, como todos já sabem, então é o melhor lugar para a prática de esportes no mar, independente da categoria, mas já tem uma galera que pratica o bodysurf também em Maricá, Niteroi, além da cidade do Rio de Janeiro”, finalizou.