Rio - Após a anulação da sua condenação pelo Tribunal da Catalunha, o ex-lateral-direito Daniel Alves, de 41 anos, poderá processar o Pumas, clube do México, por danos morais e trabalhistas. A informação vem sendo divulgada na imprensa local do país da América do Norte.
Além disso, o ex-jogador da Seleção pode acionar o Pumas por difamação e uma ação trabalhista por demissão sem justa causa. A indenização poderá chegar a 2 milhões de dólares (cerca de R$ 11,5 milhões, na cotação atual).
Daniel Alves chegou ao Pumas em julho de 2022, após seis meses de sua segunda passagem pelo Barcelona. O clube mexicano foi o sétimo de sua carreira e único em que não conquistou títulos. Por lá, foram apenas 13 jogos, com quatro assistências e nenhum gol marcado. A última partida do lateral foi no dia 8 de janeiro de 2023.
Daniel Alves teve sua condenação anulada nesta sexta-feira pelo Tribunal de Justiça da Catalunha, de sua condenação de quatro anos e seis meses de prisão por agressão sexual, contra uma jovem em uma boate de Barcelona, em dezembro de 2022. A decisão foi unânime, e se baseou na "insuficiência de provas" para que o atleta fosse condenado, inicialmente. Ainda cabe recurso da defesa da mulher.
A decisão favorável ao lateral anula dois outros recursos, que corriam em paralelo no Tribunal de Justiça da Catalunha, ambos apelavam pelo aumento da pena: a promotoria pública defendia uma condenação de nove anos, enquanto outra ação, movida por um processo privado, pediu pela elevá-la para 12 anos.
O júri foi composto por três mulheres e um homem. Na análise do juiz Manuel Álvarez, junto a seus magistrados, a decisão que condenou Daniel Alves no último ano contém uma série de "lacunas, imprecisões, inconsistências e contradições sobre os fatos". As provas, depoimentos e decisão do Tribunal de Barcelona foram novamente analisados na apelação do jogador.
Para se basear na decisão, ainda foi apontada a confiabilidade no depoimento da vítima durante o julgamento inicial. "O que foi explicado pela denunciante difere sensivelmente do que aconteceu de acordo com o exame do episódio registrado. A divergência entre o que a queixosa relatou e o que realmente aconteceu compromete seriamente a fiabilidade da sua história", afirmou a decisão do Tribunal da Catalunha.
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