Júlia Bergmann e Macris celebram ponto do BrasilMiriam Jeske / COB
Assim com vem sendo uma rotina na competição, a ponteira Ana Cristina mais uma vez foi a maior pontuadora brasileira. Ela tinha feito seu recorde pela seleção no sábado, com 26 pontos diante da República Dominicana. Neste domingo, foi além, com 27 bolas decisivas, 24 em ataques.
O jogo
Diferentemente dos jogos anteriores deste segundo giro da Liga das Nações, em Istambul, o Brasil tinha um rival gigante pela frente e 17 mil vezes fazendo coro pela seleção turca. A torcida local fez enorme festa antes de o jogo começar.
O Brasil começou a partida aproveitando uma certa irritação turca com a arbitragem para abrir logo quatro pontos de frente em bons ataque pelo meio/fundo de quadra. As rivais apostavam na potência de Vargas e Karakurt por reação e não demoraram a buscar o empate por 9 a 9.
Zé Roberto evitou pedido de tempo e apenas cobrava calma e capricho na beirada da quadra. E a seleção respondeu de imediato, desta vez com o saque fazendo estragos e nova vantagem brasileira por quatro pontos.
A apresentação era em alto quilate. Em um grande ponto, o bloqueio verde e amarelo segurou quatro ataques seguidos da Turquia até Ana Cristina (fechou a parcial com sete bolas no chão) anotar no contragolpe. No fim, tranquilos 25 a 18 com ataque de Helena, surpresa de Bernardinho na reta final do set.
O segundo set começou com o serviço brasileiro não entrando e com Karakurt colocando as donas da casa em vantagem de dois pontos após seu 12º ponto no jogo. A camisa 99 turca incendiava a torcida a cada bola certeira.
Mas a seleção brasileira cresceu e logo virou. Ana Cristina seguia soberana no ataque, com Macris distribuindo bem as jogadas e enganando o bloqueio turco. O saque voltou a entrar e Júlia Bergmann aparecia bem em bolas complicadas para anotar pontos improváveis.
A parcial parecia encaminhada até um desafio equivocado recolocar as turcas no jogo. A bola de Gabi foi para fora, sem desvio, e veio a igualdade por 23 a 23. O Brasil sofreu leve apagão na hora decisiva e acabou permitindo o empate no jogo com 25 a 23.
O terceiro set seria um desafio ao psicológico da seleção, após uma dura virada na parcial anterior. E a cabeça parecia boa, sem abatimento. Mesmo com as turcas vibrando muito, o Brasil foi quem comandava o placar, logo com 9 a 6, depois, 14 a 10.
Novamente sem conseguir segurar boa vantagem, as brasileiras permitiram a virada para 18 a 17. As trocas de Zé Roberto não surtiram efeito, enquanto a Turquia se reerguer justamente graças às reservas. A emoção foi até o fim, com Lorena deixando o Brasil novamente na frente, com 24 a 23. Ana Cristina foi para o saque e fechou, com ace, com a bola quase saindo, mas triscando na linha.
Com Gabi e Diana na equipe titular para o quarto set, o Brasil viu Júlia Bergmann brilhar no serviço e o time fez logo 4 a 0. Vargas não conseguia superar o forte bloqueio brasileiro e as comandadas de Zé Roberto ainda atacavam com segurança e precisão
Gabi anotou seu primeiro ponto na Liga das Nações para levar o Brasil a 13 a 9. Desencantou em momento crucial, no qual a Turquia tentava reagir e encostar. O set foi enorme do Brasil, com poderio ofensivo gigante, com Júlia Bergmann muito bem e com Ana Cristina fechando em 25 a 15.
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