Ednaldo Rodrigues mostrou confiança no trabalho de Wilson Luiz SenemeDivulgação

Rio - Presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ednaldo Rodrigues se pronunciou sobre as polêmicas envolvendo a arbitragem do duelo entre Sergipe e Botafogo, pela primeira fase da Copa do Brasil. O mandatário, que pode participar da reunião que avaliará a atuação de Braúlio da Silva Machado, mostrou ter total confiança no trabalho do presidente da comissão de arbitragem da entidade, Wilson Luiz Seneme.
"O (Wilson Luiz) Seneme e sua comissão de arbitragem têm procurado fazer sempre um trabalho de excelência, e têm feito. Os resultados virão gradativamente. Eu tenho certeza que é um ponto isolado em relação àquilo que a arbitragem vem apresentando. Eu particularmente não vi o jogo, mas soube de todos os acontecimentos. Estou aqui na convocação e, durante o dia, vou ter uma reunião com o Seneme", disse.
Ednaldo ainda comentou sobre a pressão por parte dos jogadores do Sergipe e do Governo Estadual, que repudiou a atuação de Bráulio na Arena Batistão. De forma calma, o mandatário disse que respeita os posicionamentos, mas descordou da forma agressiva em que foram feitos.
"Eu respeito o posicionamento dos atletas e dirigentes (do Sergipe). No momento eloquente de uma partida, eu procuro respeitar. Depois, avaliar aquilo que possa ser uma situação de resposta da CBF. O atleta está de cabeça quente também… Eu prefiro dar pelo menos 48 horas para que a pessoa possa refletir. Não se combate violência com violência", destacou Ednaldo Rodrigues.
Entenda a polêmica:
Ao fim do segundo tempo, o árbitro Bráulio da Silva Machado havia sinalizado oito minutos de acréscimo. Naquela altura, o Sergipe vencia por 1 a 0 e estava se classificando, enquanto o Botafogo pressionava para buscar o gol de empate e, consequentemente, a classificação. Após uma sequência de escanteios, Bráulio decidiu dar mais um minuto de acréscimo, e Adryelson fez o gol de empate quando o cronômetro já ultrapassava a casa dos 54.
Logo após o gol do Glorioso, o árbitro encerrou a partida e gerou revolta nos jogadores e membros do time nordestino, fazendo com que o Batalhão de Choque entrasse em ação para proteger o trio de arbitragem. O presidente do Sergipe, Ernan Sena, chegou a agredir o árbitro com um soco e partiu para cima de um dos auxiliares, que lhe atingiu com a bandeira. O mandatário deixou o gramado sangrando.
A situação ainda sobrou para o técnico Luís Castro, do Botafogo, que quase foi agredido por Saulo Aragão, ex-vice-presidente do Sergipe. O português foi protegido por dirigentes do Glorioso, membros da assessoria de imprensa do clube e até mesmo por Rafael Jacques, comandante da equipe mandante.
*Reportagem do estagiário Gabriel Orphão, sob supervisão de Leonardo Bessa