Rio - Rafael Marques comeu o pão que o diabo amassou no Botafogo. Foi xingado e vaiado pela torcida, até o momento da redenção, quando marcou o gol do título estadual. Apesar da virada que conseguiu, o atacante já teve dias ainda melhores e era queridinho no futebol da Turquia, onde se naturalizou e ganhou até um novo nome.
“Eu me naturalizei. Tirei identidade e troquei o nome para pegar o passaporte e defender a seleção da Turquia. Tinha que ficar cinco anos direto, mas quando fechou o quarto ano fui para o Japão. A naturalização ficou para trás”, conta Rafael.
Ele revelou o seu nome turco: “Era Rafet El. A parte do Rafet era porque meu nome é Rafael e era o mais parecido que tinha. El significa mão. Todo sobrenome tem um significado. Era um nome que já tinha e era parecido com o meu. Queria Rafet Marques, mas não dava”.
“Perguntaram para o Faith Terim, que é o técnico do Galatasaray e era da seleção, se caso eu me naturalizasse se teria chance. Ele disse que sim por gostar do meu estilo de jogo e não ter nenhum jogador com as minhas características. Quem tinha era o Hakan Sukur, que estava perto de se aposentar. Aí, os diretores do clube (Manisaspor) correram atrás. Se tivesse continuado, poderia ter jogado como o Mehmet Aurelio”, diz o atacante alvinegro, referindo-se ao volante brasileiro que defendeu a seleção turca.