Gum: o guerreiro campeão pelo Tricolor
Zagueiro relembra momentos vividos nas quase 10 temporadas em que defendeu o Fluminense
"Gum, guerreiro!", assim cantava a torcida do Fluminense para um dos melhores zagueiros da história do clube. Mas nem sempre foi assim. Ao Contra-Ataque, o ex-camisa 3 tricolor relembrou momentos vividos nas Laranjeiras: do início sob pressão aos títulos e reconhecimento.
Gum chegou ao Fluzão em 2009, pouco depois da saída de Thiago Silva. "O clube passava por um momento difícil, ali na zona de rebaixamento, e as pessoas faziam muitas comparações com o Thiago Silva, mas eu queria buscar o meu espaço. Naquele momento de arrancada eu tive a oportunidade", inicia.
"Aquele time, que estava com 99% de chances de ser rebaixado, se salvou e ainda chegou na final da Sul-Americana. Fiz jogos e gols (na semifinal diante do Cerro Porteño-PAR e também na final contra a LDU-EQU) importantes, e isso me trouxe um peso e um carinho por parte do torcedor", lembra Gum, que sempre demonstrou muita garra e dedicação. Não à toa virou um guerreiro tricolor.
Passagem vencedora
Ao longo de mais de nove anos no clube, onde vestiu as cores que traduzem tradição 414 vezes, Gum venceu o Cariocão de 2012, foi bicampeão brasileiro em 2010 e 2012 e também levantou a Copa da Primeira Liga em 2016.
"Ser campeão brasileiro é algo lindo demais dentro da minha profissão. Ser bicampeão pelo clube de coração é melhor ainda. Quando você coloca os dois anos com a defesa menos vazada traz uma credibilidade ainda maior. Os números comprovam o quanto as equipes foram perfeitas."
Parcerias que deram certo
Tanto no título de 2010 quanto no de 2012, a defesa menos vazada do Brasileirão foi a do Flu. Nestas temporadas, a dupla de zaga titular foi a mesma: Gum e Leandro Euzébio.
"Tive a oportunidade de jogar com bons zagueiros, mas com o Leandro Euzébio foi o casamento perfeito. A gente se entendia muito bem, os dois jogavam bem por baixo, éramos firmes por cima, e nos completávamos", frisa.
Além da parceria na defesa, Gum falou dos companheiros de ataque, onde também havia muita qualidade, principalmente na bola parada. "Foram muitos caras bons. Teve Conca, Deco, Thiago Neves, Sornoza, Scarpa, Marquinhos, Wagner, Sóbis, cada um no seu tempo, mas todos batiam bem na bola e eu tive a oportunidade de fazer muitos gols. É difícil lembrar de todos, mas teve muita gente boa que me deu assistência", diz.
Estufou a rede do Flamengo
Zagueiro que sabia aproveitar os momentos no ataque, Gum fez 29 gols pelo Tricolor. Contra o Fla, balançou as redes na semifinal da Taça Rio de 2018, no empate por 1 a 1, no Nilton Santos. "Foram 29 gols, mas na verdade poderia ter sido um pouco mais, né? Teve um gol anulado naquele jogo, e na época não tinha VAR", lembra. "Contra o Flamengo realmente é especial. Eu marquei de cabeça depois de um escanteio naquela semifinal e passamos para a final", conta.
"Fla-Flu é um dos clássicos mais lindos do mundo, histórico, charmoso. Jogar um Fla-Flu é lindo demais, com Maracanã lotado, as duas torcidas na expectativa e, claro, as equipes querendo vencer porque sabem da rivalidade," disse. Após a saída do Flu, Gum foi jogar na Chapecoense. Lá, marcou apenas um gol, e foi contra o Flamengo.
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