Rio - O carrasco na maior tragédia do futebol brasileiro em todos os tempos irá assombrar novamente as terras tupiniquins em 2014. Responsáveis pelo vice-campeonato do Brasil na Copa do Mundo de 1950, com a vitória por 2 a 1 no Maracanã superlotado, o Uruguai, mesmo aos trancos e barrancos, conseguiu sua classificação para o Mundial do próximo ano após derrotar a Jordânia na repescagem mundial. Agora, o sonho é repetir um novo Maracanazo.
A Celeste aposta em praticamente todos os jogadores que surpreenderam o mundo da bola em uma campanha histórica na Copa do Mundo de 2010, quando conquistaram o quarto lugar e quebraram o tabu de 40 anos sem chegar a uma semifinal.
O cara da seleção
Em uma seleção com tantos nomes confiáveis, não se pode apostar em apenas um jogador para ser decisivo, mas sim em um trio de excelentes jogadores que chama a responsabilidade para si em qualquer momento da partida.
Esse trio é formado por Diego Forlán, eleito o melhor jogador da última Copa do Mundo, Luis Suárez, um dos principais responsáveis pela reconstrução do Liverpool, e Edinson Cavani, artilheiro do Campeonato Italiano na temporada 2012/2013 e que agora joga ao lado de Ibrahimovic no milionário PSG.
Com um ataque como esse, qualquer defesa terá atenção redobrada para não ser mais uma vítima do potente ataque uruguaio.
Histórico em Copa do Mundo
A Celeste é uma das mais tradicionais equipes do futebol mundial. Esse apelido vem dos anos 20, quando Uruguai tinha praticamente uma máquina de jogar futebol, que ganhou a maioria dos torneios que disputou, entre eles três campeonatos sul-americanos, duas medalhas de ouro olímpicas e a Copa do Mundo de 1930.
Após esse período de glórias, o Uruguai passou por um hiato de mais ou menos 15 anos sem uma seleção à altura. Depois, os nossos vizinhos voltaram com tudo, e justamente no Brasil. Depois de uma campanha sólida no Mundial de 50, os uruguaios chegaram à final com os donos da casa com status de zebra, pois a seleção canarinho tinha passado por cima de todos seus adversários na competição. Mas, em uma das surpresas que o futebol proporciona, a Celeste conseguiu realizar uma das maiores tragédias do futebol nacional, apelidada de Maracanazo. Com um gol de Ghiggia aos 34 do segundo tempo, decretou a dolorida vitória uruguaia em um Maracanã com mais 174 mil pessoas, feito que confirmou uma escola do futebol.
Vinte anos depois, os uruguaios tomaram o troco brasileiro em grande estilo. Só que dessa vez em uma semifinal de Mundial. Com uma seleção considerada a melhor de todos os tempos, a seleção canarinho venceu a Celeste em jogo dramático por 3 a 1 e confirmou a passagem para a final contra a Itália, na qual passaria por cima da Azurra por 4 a 1.
Quatro décadas mais tarde, a mesma geração que desfilará seu futebol em terras nacionais promoveu o ressurgimento do futebol uruguaio em nível internacional. Forlán & Cia. comandaram uma das maiores surpresas da Copa de 2010, quando a Celeste chegou em quarto lugar, sendo eliminada na semifinal pela Holanda e caindo na disputa do terceiro lugar para a Alemanha.