Irã - O futebol é algo novo no Irã. Só chegou ao país durante a Primeira Guerra Mundial, no fim dos anos 1910, e a seleção se apresentou pela primeira vez em 1941, em um empate sem gols com o Afeganistão. Não precisou de muito tempo para o esporte se tornar o número 1 entre os torcedores, muito impulsionado pelo tricampeonato asiático em 1968, 1972 e 1976, único consecutivo na história da competição.
Em Copas, os iranianos jamais conseguiram resultados expressivos e só conseguiram uma vitória em três participações. Mas não é um triunfo qualquer. Em 1998, venceram os EUA, arqui-inimigos diplomáticos, por 2 a 1. O Irã está no Grupo F e tentarão a inédita classificação contra Argentina, Bósnia e Nigéria.
As relações entre EUA e Irã países começaram a ficar abaladas nos anos 1950, quando o serviço secreto americano colaborou para a queda do regime nacionalista do primeiro-ministro Mohammed Mossadegh, que deu lugar ao xá (rei) Mohammad Reza Pahlavi. Ele foi deposto durante a Rrevolução Islâmica, em 1979, quando o Aiatolá Khomeini assumiu o poder, estabelecendo uma teocracia (regime político com leis baseadas em uma religião. No caso, o islamismo).
Recentemente, os dois países entraram em conflito por causa da fabricação de urânio enriquecido no Irã, que passou a ter poder assim para construir uma bomba atômica.
Praticamente toda população é muçulmana — o que é facilmente explicado pelo regime de governo. Com o código civil apoiado na doutrina do Islã, a relação entre marido e mulher difere da maioria dos países ocidentais. Se o marido flagrar a mulher tendo relações com outro homem, tem o direito de matar os dois. A mulher, comprovadamente adúltera, pode ser condenada à morte por apedrejamento. Perante a Justiça, as mulheres são tratadas de maneira diferente. O testemunho de uma delas não é válido e o juiz só acatará a palavra caso duas mulheres concedam o mesmo testemunho.
