Teresópolis - A entrevista coletiva desta quinta-feira serviu para mostrar o estilo mais que sincero do lateral Marcelo. Com altos e baixos no tom de humor, o jogador chegou a se irritar quando um dos jornalistas questionou a qualidade da geração de craques do país do futebol. No mesmo momento, o atleta descartou qualquer tipo de comparação da seleção brasileira com o Real Madrid, outro assunto citado pelos repórteres presentes.
"Você acha que o Brasil não forma craque? Essa pergunta é sua? Acho sacanagem perguntar isso. É só ver que tem vários jogadores arrebentando na Europa, fora do Brasil. Se o Real Madrid é melhor que a seleção? São duas coisas diferentes. O Real é um time, e o Brasil é uma seleção. Não tem relação", disparou.

Outro fato que foi totalmente descartado por Marcelo foi a provável titularidade na seleção brasileira. Segundo o lateral, não há nenhuma garantia por uma vaga entre os jogadores titulares de Felipão e, se inspirando em Roberto Carlos, o atleta garante se esforçar ao máximo para ajudar a Seleção da maneira que for ideal para o treinador.
"Não me sinto garantido na Seleção. Se eu falar assim, é até um desrespeito com o Maxwell. Não me sinto confortável. Sempre quero mais, quero brigar e representar bem o meu país. Muita gente dizia que eu era o novo Roberto Carlos, mas não acho isso. Ele é meu ídolo e quero seguir os passos dele", disse o lateral.
Sobre o cotado favoritismo da Seleção, Marcelo garante que o status não tende a atrapalhar a equipe de Felipão. Segundo ele, a pressão existente é mais um diferencial para deixar o grupo cada vez mais focado na briga pelo Hexa.
"A pressão de ser favorito não atrapalha. Sabemos do nosso potencial e objetivo. Essa pressão é boa para nos deixarmos em alerta", concluiu.