Rio - A ferida espanhola ainda não cicatrizou. Pior do que a dor causada pela goleada de 5 a 1 imposta pela Holanda, é a crise de identidade de um esquema tático que faturou duas Eurocopas e uma Copa do Mundo. O tic-tac agoniza, mas espera não estar morto depois do jogo contra o Chile, nesta quarta, às 16h, no Maracanã.
Para isso, a atual campeã mundial não será tão previsível. Estará em campo o habitual e envolvente toque de bola, mas com novos personagens. Afinal, evoluir é preciso, só que sem perder a tranquilidade.
“Estamos doloridos. Mas é uma oportunidade para seguir adiante. Teremos uma equipe valente pela frente, temos que encarar da mesma forma, sem perder nossa identidade. Mesclar com outra forma de jogar, menos habitual para a gente, mas melhor para enfrentá-los”, disse o técnico Vicente del Bosque.
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Sem caça às bruxas, o comandante da Fúria promete algumas mudanças. O atacante Diego Costa pode perder a vaga no ataque para Fernando Torres. Especula-se ainda que Xabi Alonso e Xavi podem ser desbancados por Koke e Pedro, respectivamente. Mistério que Del Bosque levará até o início da partida.
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Em busca dos primeiros pontos no Grupo B, os espanhóis incorporam espírito de decisão para enfrentar o vice-líder Chile e prometem não se desesperar na busca pela vaga nas oitavas. “A gente vai disputar o jogo como se fosse a final. Temos que dar o melhor de cada um”, acrescentou o meia Iniesta.
CHILENOS MOTIVADOS
Se a Espanha pode promover m</MC>udanças táticas e trocas de jogadores, os chilenos não reclamam: embalados pela vitória por 3 a 1 sobre a Austrália, eles querem provar que não são meros coadjuvantes nesse Mundial.
“Esse jogo é muito importante para nós. Sempre adotamos o mesmo estilo de jogo e não acho que vamos mudá-lo agora”, disse o técnico Jorge Sampaoli.
A única dúvida do treinador é quanto ao aproveitamento do volante Vidal. Ele participou da estreia, mas ainda não se mostrou totalmente recuperado de uma cirurgia no joelho.
