Rio - De campeã ao fracasso da eliminação na primeira fase, este foi o destino da seleção espanhola no Brasil. Com as derrotas para Holanda e para o Chile, o sonho do segundo título da Copa do Mundo chegou ao fim. Um bicampeonato mundial consecutivo é algo bastante raro na história da competição, apenas Itália (1934 e 1938) e Brasil (1958 e 1962) conseguiram, mas um título seguido de vexame na primeira etapa de mundiais é um fato mais comum. Dando adeus ao Brasil, a Fúria se une à Itália, duas vezes, Brasil e França como seleções que passaram de grandes vencedoras para fiascos em um intervalo de quatro anos.
Vexame das bicampeãs
As únicas seleções que venceram duas Copas do Mundo consecutivas foram as primeiras a passar por uma eliminação na primeira fase. A Azzurra, que havia levado o título em 1934 e 1938, não era a mesma equipe que veio ao Brasil em 1950, após o recesso da competição por contra da Segunda Guerra Mundial. Porém, a marca de sair de um título para o fracasso ficou na memória dos italianos que viram a sua equipe se despedir após dois jogos no Brasil. A estreia com derrota para a Suécia selou o destino dos italianos. Não adiantou a vitória sobre os paraguaios. No Grupo 3 só passava o campeão, que foi a equipe sueca.
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Se Pelé e Garrincha nunca perderam uma partida juntos, uma seleção que contava com os dois acabou eliminada na primeira fase. Bicampeã mundial, a seleção brasileira de 1966 começou com vitória na Inglaterra. Os dois craques decidiram e marcaram sobre a Bulgária. Porém, Pelé se lesionou no meio da partida e ficou fora da Copa. Contra a Hungria e Portugal, o Brasil foi presa fácil e acabou dando adeus naquele momento ao sonho do tricampeonato.
Carrascos do Brasil, franceses deixam Mundial da Ásia sem marcar
Campeã em 1998, a França veio para a Copa do Mundo do Japão e da Coreia do Sul como a grande favorita. Em 2000, os franceses haviam levantado a Eurocopa em uma vitória sobre a Itália. Porém, às vésperas do Mundial, o grande craque da equipe, Zinedine Zidane, sofreu uma lesão e não pôde atuar na duas primeiras partidas do Mundial. Os Le Bleus sentiram e foram derrotados por Senegal e apenas empataram com o Uruguai. No último jogo, contra a Dinamarca, a obrigação era vencer por dois gols de diferença, mas o que aconteceu foi justamente o contrário e os franceses deixaram a Copa de 2002 eliminados, sem marcar nenhum gol.
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Penta passa longe da Azzurra na África do Sul
Mesmo com o título mundial na Copa da Alemanha, a Itália não chegou com muita moral à África do Sul em 2010. Com uma equipe considerada envelhecida, os tetracampeões mundiais sabiam que teriam dificuldades, mas não esperavam um final tão trágico. Em um grupo com Paraguai, Eslováquia e Nova Zelândia, os italianos não conseguiram vencer nenhum jogo e acabaram na última colocação, atrás da equipe da Oceania. Com dois empates e com uma derrota para a equipe do Leste Europeu, a Azzurra voltou para casa humilhada.
'Tiki-Taka' em xeque
Campeã mundial e bicampeã europeia, a Espanha eternizou o estilo "tiki-taka", de muita posse de bola e trocas de passes. A base vencedora veio ao Brasil. Mas o fim foi trágico. As críticas à identidade aumentaram, assim como o questionamento ao envelhecimento do elenco. Na estreia, uma goleada holandesa mostrou que a vida espanhola não seria fácil. O Chile tratou de afundar os espanhóis.