O pênalti anotado em Fred na primeira partida da Copa do Mundo é o combustível para que os rivais do Brasil no torneio tenham receio quando enfrentam os anfitriões. Antes do encontro das oitavas de final neste sábado, no Mineirão, os jogadores do Chile tentam pressionar o árbitro, ainda desconhecido. O temor é evidente.
"Tomara que coloquem um árbitro de qualidade, que saiba administrar esse tipo de partida, sempre complicada. E que passe quem mereça, quem jogue melhor", disse o meia Arturo Vidal depois da partida contra a Holanda, segunda-feira. Valdivia também deu seu recado sutil. "Que ele não interfira no resultado como em outros jogos".
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O técnico Luiz Felipe Scolari tem criticado o que chama de "palhaçada" a repercussão ainda existente do favorecimento ao Brasil no pênalti anotado pelo japonês Yuichi Nishimura na abertura da Copa. "O árbitro avalia e dá o que ele acha que deve dar. Não temos que falar muito disso", comentou. Para Felipão, o escarcéu criado intimida os árbitros que apitam os jogos do Brasil. E a ordem na seleção é minimizar o assunto quando ele for abordado pelos jornalistas. Foi o que aconteceu nesta quarta-feira com Luiz Gustavo.
"Não penso nada sobre arbitragem. Me concentro só em jogar futebol. Não penso em juiz, torcida, ou qualquer coisa de fora. Me concentro em jogar futebol. O árbitro tem trabalho dele e eu o meu", disse o volante depois do treino na Granja Comary em Teresópolis.
O goleiro Cláudio Bravo, capitão do Chile, também comentou o assunto. Depois das palavras de Valdivia e Vidal, o discurso também foi mais ameno. "Não tem que falar desse tema. Temos de pensar no Brasil e não em coisas externas. Da nossa parte a obrigação é deixar tudo no campo, buscar tudo ao máximo e não pensar em nada mais do que avançar", disse.
Reportagem: Bruno Winckler