Por pedro.logato

Minas - Quando o assunto é seleção brasileira, os olhos do mundo estão em Neymar. Todos querem saber se aquele menino magrinho de 22 anos vai ser capaz de gerir a pressão de 200 milhões de pessoas atuando no Brasil. O craque não foge à responsabilidade e vai para cima dos adversários. Porém, muitas vezes a genialidade do camisa 10 é a saída mais fácil para os companheiros, que esperam que o jogador resolva todos os problemas.

“Assim como a Argentina depende do Messi, outros times dependem de outro, mas é normal porque craque faz a diferença em qualquer seleção. Neymar, além de tudo, é muito participativo”, disse Felipão na primeira fase.

Neymar não teve uma grande atuação contra o ChileEfe

Após quatro jogos na Copa do Mundo, o time comandado por Felipão já experimentou o doce sabor das grandes atuações do camisa 10, assim como o gosto amargo de um dia não tão inspirado. O reflexo disso é visto em campo e nos resultados. Nas duas vezes em que o craque driblou, passou e resolveu, duas vitórias e quatro gols — contra Croácia e Camarões. Quando ele foi bem marcado e não conseguiu brilhar, dois empates — com México e Chile.

Atuando aberto pela esquerda, a rotina de Neymar é partir para cima, mas o excesso de bolas dadas por seus companheiros mostra a dependência que a Seleção tem do craque, que marcou metade dos gols da equipe no Mundial. Não por acaso, o camisa 10 do time verde e amarelo é o jogador que mais perdeu bolas. Foram 45 jogadas perdidas, mostrando o quão acionado ele é.

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Entre os 732 jogadores que disputam a Copa, Neymar é o 15º que mais correu neste Mundial: 40,8km em quatro jogos. O atacante é quem mais chuta na Seleção — acertou 13 das 15 finalizações que tentou. Contra México e Chile, o craque não fugiu do jogo. Recebeu, partiu para cima, mas abusou dos lances individuais, muitas vezes por seus companheiros passarem a bola e não oferecerem opções. Quando é mais objetivo e joga mais perto do gol, o jogo da Seleção flui. É a chamada ‘Neymardependência’.

EMOÇÃO DO JOGO NO MINEIRÃO CAUSOU INFARTOS E MORTES

A emoção foi forte demais para alguns torcedores. Durante o jogo do Brasil contra o Chile, um homem morreu e outros quatro foram socorridos com suspeita de infarto. Cerca de 60 atendimentos foram realizados no Mineirão, segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais.

Jairo Ruedo Guimarães, de 69 anos, passou mal no estádio e morreu ao dar entrada no Hospital Life Center. Outras oito pessoas receberam cuidados médicos no entorno do Mineirão, entre eles, um turista de El Salvador que foi encaminhado para o Pronto-Socorro Risoleta Toletino Neves, com falta de ar.

Em Maceió, um homem de 52 anos morreu após infartar vendo o jogo em casa. Em balanço feito pela Fifa, quase 80 pessoas receberam atendimento nos estádios a cada jogo da primeira fase. Segundo Luis Fernando Correia, chefe do departamento médico do Comitê Organizador Local, houve 2.544 atendimentos por diversas causas.

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