Por ulisses.valentim

Salvador - Foi difícil, suado e complicado. Assim pode ser definido a classificação da Bélgica diante os Estados Unidos, na Fonte Nova, nesta terça-feira. Após darem 30 chutes a gol no tempo normal e pararem na boa atuação do goleiro Howard, os belgas conseguiram marcar apenas na prorrogação, com gols de De Bruyne e Lukaku, com Green descontando para os EUA, e conquistaram a vaga para as quartas de final da Copa do Mundo com uma vitória por 2 a 1.

Com o triunfo, os europeus terão pela frente a toda poderosa Argentina de Messi & Cia. na próxima fase da competição. O confronto será no Estádio Nacional Mané Garrichha, neste sábado, às 13h. Já os americanos se despedem de forma honrosa da Copa do Mundo, pois eles conquistaram a vaga nas oitavas após cair em um grupo com Alemanha, Portugal e Gana.

De Bruyne abriu o placar para a BélgicaReuters

O JOGO

Diferentemente dos seus últimos jogos na Copa do Mundo, a Bélgica começou o jogo dominando as ações no meio-campo e partindo para o ataque. Logo com um minuto de partida, De Bruyne roubou a bola, partiu em velocidade e deu grande passe para Origi, que passou pelo defensor e chutou cruzado, mas Howard estava lá para defender com os pés. Essa chance assustou os americanos, que tentaram ficar mais com a bola nos primeiros momentos da partida, mas somente após aos 10 minutos do primeiro tempo eles começaram a tocar a bola com paciência em seu campo defensivo. Os belgas adiantaram a marcação, e a alternativa para o time de Klinsmann se tornou o lançamento longo para Johnson pela direita, que não teve muito sucesso no primeiro tempo. Com 16 minutos, um torcedor invadiu o campo e a partida foi paralisada, os Stewards, apelido para os seguranças que tomam conta do estádio, entraram no gramado para retirar o engraçadinho e em seguida o jogo foi reiniciado.

Com o bloqueio defensivo belga, a saída pela esquerda com Beasley e Jones se tornou a melhor saída para o time de Klinsmann. Enquanto os americanos tentavam avançar pela esquerda, os belgas marcavam bem pelo setor e mostravam força no contra-ataque com Mertens e De Bruyne. Aos 22, Vertonghen roubou bola no meio-campo, acionou De Bruyne pela esquerda, o atleta puxou para o meio e chutou, mas errou o alvo, fazendo a Bélgica perder grande chance. Com 28, Dempsey foi lançado com perigo na frente, mas Alderweireld realizou ótima cobertura e lançou para Hazard, que tentou o arremate no contra-ataque, mas Howard fez a defesa.

Estados Unidos tentou se utilizar das bolas aéreasCarlos Moraes

Após serem sufocados por quase todo o primeiro tempo, os Estados Unidos finalmente conseguiram ameaçar o goleiro Courtois. Bradley fez ótimo lançamento para Yolin na direita, que tocou rasteiro para Zusi na meia-lua, mas o atacante não conseguiu finalizar de forma correta e a bola saiu pela linha de fundo. No fim do primeiro tempo, a Bélgica quase marcou o gol que abriria o placar. Com 45, Zusi cobrou o escanteio e defesa afastou. No contragolpe, Origi partiu pela direita, rolou para De Bruyne, que emendou o chute de primeira, mas goleiro americano fez a defesa de forma segura.

O segundo tempo começou da mesma forma do primeiro tempo: a Bélgica tentava abrir o placar e os Estados Unidos se seguravam na boa atuação do goleiro Howard, que era um verdadeiro paredão embaixo das traves. Aos 2 minutos, De Bruyne cruzou da direita, Mertens testou, e o goleiro americano jogou para escanteio. O mapa da minha belga era as jogadas de De Bruyne pela esquerda em tabelas com Hazard. Foi assim que os europeus quase abriram o placar. Aos 9, o meia do Chelsea cruzou rasteiro para a boca do gol, De Bruyne não alcançou e Origi, cara a cara com o gol aberto, furou na hora de chutar.

Com 14, quase a Bélica quase abriu o placar em grande estilo. Após intensa troca de passes pela esquerda, Origi fez ótima jogada, cruzou, e Mertens tentou de letra e foi travado no momento do chute. Os Estados Unidos tentavam amenizar a pressão belga no início, mas a marcação dos Diabos Vermelhos funcionou bem. Com isso, os americanos se viam acuados em seu campo defensivo. Aos 21, Yedlin partiu pela direita, cruzou na área, mas o goleirão ficou com a bola. Em seguida, a Bélgica pressionou e girou a bola ao redor da área americana. Witsel recebeu pelo lado direito, clareou e chutou rasteiro, mas a bola passa perto da trave direita de Howard.

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O fim do jogo ia se aproximando, e o goleirão Howard ganhava status de herói americano, pois, se não fosse ele, os americanos seriam goleados pela Bélgica. Aos 26, mais uma intervenção do paredão. Mirallas fez ótima jogada, a bola sobrou para Origi, que chutou na saída de Howard, mas o goleiro americano fez mais uma ótima defesa. Com 34, após cruzamento da direita, Fellaini ajeitou para Hazard, que chutou de primeira, e goleiro americano realizou mais uma defesa milagrosa.

Nos minutos finais da partida, uma verdadeira blitz belga foi imposta diante da seleção dos Estados Unidos. Aos 42, De Bruyne arrancou pela esquerda, rolou para Hazard, que chutou de perna esquerda, mas a bola bateu na rede pelo lado de fora. Dois minutos depois, De Bruyne cruzou da esquerda, Kompany finalizou sem jeito, e o goleiro mandou para escanteio. No fim da partida, os Estados Unidos quase deram um duro castigo aos belgas por conta da falta de capricho nas finalizações. Após cruzamento na área, Jones desviou com a cabeça e Wondolowski, no pé da trave, perde au melhor chance do jogo no tempo regulamentar.

Logo no começo da prorrogação, o paredão americano chamado Howard finalmente foi perfurado! Aos 2 minutos do primeiro tempo, Lukaku dividiu com Besler, ganhou na força, partiu em velocidade pela direita, entrou na área, e cruzou para De Bruyne, que se livrou da marcação até ter espaço para chutar no canto direito de Howard. Na comemoração do gol os jogadores belgas se mostravam aliviados em finalmente ter aberto o placar. No contra-ataque a Bélgica praticamente decidiu a partida. Aos 14 minutos, Hazard acionou mais uma vez De Bruyne, que esperou e tocou para Lukaku. O atacante chutou cruzado de perna esquerda, no fundo do gol: 2 a 0.

No segundo tempo, os Estados Unidos se inspiraram nos super-heróis das histórias em quadrinhos para tirar forças praticamente do nada. Aos 2 minutos, Bradley fez um ótimo passe pelo alto, e Green, em seu primeiro toque na bola, mandou no canto esquerdo de Courtois: 2 a 1. Com isso os americanos tentaram a todo custo o gol de empate. Com 3 minutos, Yedlin partiu pela direita, cruzou na área, Wondolowski desviou com a cabeça, e Jones finalizou para fora!

Aos 5 minutos, Howard fez mais um milagre. Lukaku recebeu na frente da área americana, dançou para frente de González, chutou de perna esquerda, e goleiro faz mais uma defesa. Os EUA tentavam empatar a qualquer custo, mas a falta de qualidade dos seus jogadores era uma grande barreira para levar a decisão para os pênaltis. Com 11, Yedlin cruzou rasteiro da direita, mas Wondolowski não conseguiu finalizar. Por fim, faltou força física aos americanos, e o belgas só esperaram o apito final do ábitro para comemorar a classificação para as quartas de final.

FICHA TÉCNICA

Bélgica 2x1 Estados Unidos

Estádio: Fonte Nova (Salvador)
Árbitro: Djamel Haimoudi(Argélia)
Gols: ?De Bruyne (2' 1T da prorrogação), Lukaku (15' 1T da prorrogação) (Bélgica), Green (2' 1T da prorrogação) (Estados Unidos)
Cartão Amarelo: Cameron (17'1T) (Estados unidos), Kompany (41'1T) (Bélgica)
Cartão Vermelho: -
Público: 
51.227 presentes

Bélgica: Courtois, Alderweireld, Kompany, Van Buyten e Vertonghen; Witsel, Fellaini e De Bruyne; Mertens(Mirallas 15'2T), Hazard(Chadli 5' 2T da prorrogação) e Origi (Lukaku início da prorrogação).

Técnico: Marc Wilmots

Estados Unidos: Howard, Johnson (Yeolin 31' 1T), Gonzalez, Besler, Beasley, Cameron, Jones, Bradley, Zusi, Bedoya (Julian Green 16' 1T da prorrogação), Dempsey.

Técnico: Jurgen Klinsmann

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