Por pedro.logato

Rio - A Fifa optou por responder com números, mesmo que pouco detalhados, as críticas de que os árbitros estão sendo mais coniventes com jogadas violentas nesta Copa do Mundo, principalmente após Neymar ficar fora do torneio após levar uma joelhada do colombiano Zuñiga que provocou uma fratura de vértebra.

Segundo dados divulgados pela entidade na tarde desta sexta-feira, em entrevista coletiva no Maracanã, houve 95 lesões nos 62 jogos disputados na Copa de 2014, sendo sete consideradas graves, quando o jogador necessita de quatro ou mais semanas para se recuperar, dando média de 1,6 por partida. O número é 40% menor do que registrado em edições anteriores recentes, em que a média foi de 2,6.

Howard Webb apitou o jogo entre Brasil e ChileArquivo O Dia

Questionado sobre a postura de alguns árbitros de conversar mais e punir menos os atletas em lances mais ríspidos, o suíço Massimo Busacca, chefe de arbitragem da Fifa, não a vê como um problema, mesmo admitindo que o critério deixou de punir alguns jogadores que se excederam, mas sem citar exemplos.

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"Sentimos falta de alguns cartões, mas não foi por causa de instrução, Não damos conselhos aos árbitros, só dizemos que não queremos polêmicas. São árbitros experientes, com personalidades fortes e que precisam parar a jogada na hora certa. Às vezes isso é possível, às vezes não. Quando o jogo é difícil para os jogadores também é difícil para os árbitros. Precisamos de fair play para evitar os cartões amarelos. O que importa é encontrar o equilíbrio", analisou o ex-árbitro. "Tivemos uma redução nas lesões. Não houve uma grande falta, que tenha deixado as pessoas assustadas", concluiu.

Busacca aproveitou o encontro com os jornalistas para avaliar positivamente o uso da tecnologia na linha do gol e o spray para demarcar a distância da barreira, artifícios adotados a partir da Copa de 2014 para auxiliar a arbitragem, mas ele disse que os itens são serão considerados obrigatórios pela Fifa. "Eu acho que o resto do mundo deveria usar, mas não estamos obrigando ninguém."

Reportagem de Thiago Rocha

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