Rio - A derrota por 7 a 1 para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo não vai sair da memória dos brasileiros tão cedo. Quatro dias após o vexame da Seleção, Pelé não escondeu o choque com o que viu em campo na partida da última terça-feira. Em evento realizado no Rio de Janeiro, o ex-jogador admitiu a decepção com a atuação da Seleção, mas não culpou o elenco pelo acontecido. Segundo ele, nem mesmo Felipão é responsável pelo apagão que tomou conta da equipe e ainda garantiu que o treinador é o melhor nome para seguir no cargo.
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"Se o Felipão tiver com saúde e bem, tem que ser ele em 2018. Não teve culpa nenhuma e quanto mais mexer, pior fica. Não tem que se preocupar em mudanças. O que aconteceu não foi culpa de ninguém. Desastres acontecem e não têm explicação. Metade ou até mais desses vai estar pronta para o Mundial da Rússia e vamos nos preparar ainda mais", afirmou.
Mesmo apoiando a Seleção, o Rei não escondeu a decepção com o vexame. De todas as Copas que já acompanhou, Pelé garante que uma situação como essa foi a primeira que já viu no mundo da bola. A seleção alemã, por sua vez, foi bastante elogiada pelo craque.
"Estive dentro de campo em quatro Copas do Mundo e fora em dez. Realmente nunca vi nada igual, foi um desastre. Mas agora é ver se apagamos esse Mundial. É claro que futebol é sempre surpresa, mas antes mesmo do início eu disse que Alemanha era uma das favoritas. Só não esperava que fosse assim", disse.
A lesão de Neymar foi outro caso que entristeceu bastante o Rei do Futebol. Pelé chega a relacionar a contusão do camisa 10 com a que sofreu na Copa de 1962. A diferença, no entanto, fica por conta do resultado final da Seleção no torneio.
"Fiquei muito chateado, assim como todos os brasileiros. Vínhamos torcendo muito por ele. O Neymar ainda teve a sorte de ir para o Barcelona oito meses antes da Copa e amadureceu ainda mais. Mas infelizmente aconteceu com o ele o que vivi em 1962. A diferença é que, graças a Deus, conseguimos o título lá", completou.
