Rio - Na era dos shortinhos curtos, o astro argentino Mario Kempes seguia a moda, e usava um elegante bigode em forma de ferradura e cabelos longos e soltos. Mas Kempes demorou a marcar gols na fase de grupos da Copa do Mundo de 1978, o que fez com que seu treinador César Luis Menotti lhe desse uma sugestão.
Menotti, que havia deixado o menino prodígio Diego Maradona fora da convocação, assinalou que quando visitou o atacante na Espanha antes da Copa estava barbeado e marcava seguidos gols para o Valencia.
"Por que você não tira o bigode para ver se traz sorte?", lhe disse naquela Copa.
O impacto foi imediato: Kempes marcou dois gols na partida seguinte contra a Polônia, depois mais dois contra o Peru e selou a sua passagem para a final. O Matador voltou a marcar na final contra Holanda (3 a 1).
"O bigode tinha que ir, esse foi o começo de um novo capítulo para mim", comentou Kempes mais tarde. "Depois disso, cada vez que (Menotti) me via, dizia 'hoje está precisando se barbear Mario, não?'".