Rússia - O capitão da Nigéria passou por um momento difícil na Copa do Mundo. John Obi Mikel, atualmente no Tianjin Teda, da China, contou que o seu pai, Pa Michael Obi, foi sequestrado no seu país algumas horas antes do decisivo duelo contra a Argentina.
O ex-jogador do Chelsea revelou, nesta terça-feira, ao jornal 'The Guardian', com um pronunciamento explicando toda a situação. Confira abaixo o que disse o capitão da Nigéria.
“Eu joguei enquanto o meu pai estava nas mãos de bandidos. Eu tive que suprimir todo o trauma. Eu atendia uma ligação quatro horas antes do começo do jogo e me contaram o que tinha acontecido.
Eu estava emocionalmente muito triste e tinha que tomar uma decisão se estava mentalmente pronto para jogar. Eu estava confuso. Não sabia o que fazer, mas, no fim, eu sabia que eu não poderia decepcionar 180 milhões de nigerianos. Eu tinha que desligar a minha mente e ir representar o meu país. Eu não podia nem contar aos técnicos, ou os diretores, e apenas amigos mais próximos sabiam.
Me disseram que iriam dar um tiro no meu pai caso eu avisasse às autoridades ou contasse a alguém. Eu também não quis contar ao técnico (Gernot Rohr) porque eu não queria que o meu problema fosse uma distração para ele ou para o resto do time em um dia com um jogo tão importante. Por mais que eu quisesse contar ao treinador, eu não podia.
Felizmente, meu pai foi liberado em segurança na tarde de segunda. Eu agradeço às autoridades policiais pelos esforços para salvá-lo e todo o apoio que recebi de amigos e familiares. Infelizmente, meu pai está agora em um hospital recebendo tratamento de emergência por conta da tortura que recebeu enquanto estava no cativeiro”, disse.
