A cara da decepção: Neymar sai de cabeça baixa após o apito final - AFP
A cara da decepção: Neymar sai de cabeça baixa após o apito finalAFP
Por Fernando Faria

Rússia - "Não é fácil ser Neymar." A frase do coordenador-técnico da Seleção, Edu Gaspar, mostra porque o jogador mais caro do mundo sai da Copa bem menor do que entrou. É verdade que sofreu uma fratura pouco antes de chegar à Rússia, batalhou para se recuperar e carregava nos ombros a responsabilidade de ser o craque do time, do país do futebol, representante maior de 200 milhões de brasileiros.

Nas redes sociais, é só alegria. Festas, carros, artigos de grife, penteados, parças, campanhas publicitárias. Não parece difícil. Por ano, recebe o equivalente a R$ 170 milhões, ou R$ 14 milhões por mês, ou R$ 472 mil por dia, ou R$ 19 mil por hora, ou R$ 327 por minuto... fora os contratos publicitários, alguns divididos com a namorada, Bruna Marquezine, já que o casal Brumar é uma mina de ouro! Em três minutos, embolsa o salário mínimo nacional, o equivalente a 240 horas de trabalho de milhões de Josés e Marias!

Mimado por Neymar pai, parece se recusar a crescer. Aos 26 anos, Junior ainda é tratado como um menino mesmo já tendo um filho , bajulado por parças e parasitas. Fissurado pelo prêmio de melhor do mundo, saiu do Santos pelos fundos. E assim foi também no Barcelona, onde, ofuscado por Messi, queria outro brinquedo: um clube para chamar de seu. E lá se foi para o PSG. Em Paris, encontrou Cavani e avisou logo que era o dono da bola.

Na Seleção, em 2014, foi poupado da vergonha dos 7 a 1 por uma joelhada nas costas de Zúñiga. Na Rússia, quem sabe, a apoteose do craque no projeto de ser o melhor do planeta.

E lá se foi Neymar de novo pelos fundos, caindo em campo, tropeçando nas próprias pernas, sem respeito algum dos adversários, rejeitado pela imprensa internacional, mimado pelo pai, endeusado pelos parças. Saiu mudo, abalado por mais uma frustração pessoal: sem chance de brigar pela Bola de Ouro da Fifa, o brinquedo que o dinheiro não compra!

Se não está fácil ser Neymar, imagine ser José, Maria... Pobre menino rico, difícil mesmo é crescer e, mais ainda, convencer!

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