Bandeira provocativa ao Kosovo feita por jogadores da SérviaReprodução/Twitter
Entenda a situação
Kosovo é um país que possui cerca de 90% da população de origem albanesa e sempre foi considerado um território autônomo. No entanto, a Sérvia sempre exerceu controle do território e nunca admitiu uma independência kosova.
Em 1989, a Sérvia entrou com medidas para proibir fatores culturais que ligavam Kosovo à Albânia, como o ensino da língua albanesa e a criação de uma polícia independente. A resposta foi a ascensão de movimentos separatistas em Kosovo, que foram o gatilho para que os iugoslavos promovessem um massacre na região contra cidadãos de origem albanesa buscando uma "limpeza étnica".
A Otan procurou a Iugoslávia em 1999 para buscar um acordo pacífico em busca do fim do conflito entre as partes, mas o acordo foi prontamente recusado, dando início a "Guerra do Kosovo", um conflito intenso e sangrento na região que durou cerca de 78 dias.
Kosovo declarou sua independência oficialmente em 2008, que foi aprovada em por 109 países. No entanto, diversos aliados políticos da Sérvia tentaram boicotar a votação e não reconheceram a independência kosovar até hoje, incluindo o Brasil.
A discussão política é bastante acalorada e se reflete nos campos de futebol há anos. Shaqiri e Xhaka, dois dos principais atletas da Suíça, são de origem kosovar e sempre entram na discussão em partidas contra a Sérvia com provocações. Isso ficou conhecido na Copa do Mundo de 2018, quando os dois atletas fizeram o símbolo da Albânia contra jogadores sérvios na Rússia, uma das principais aliadas histórias da Iugoslávia e, consequentemente, da Sérvia.
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