Minas Gerais - A sombra do Maracanazo será posta à prova mais uma vez. É verdade que o adversário do Brasil na semifinal da Copa das Confederações venceu um Mundial jogando em terras brasileiras no inesquecível 2 a 1 no Maracanã.

Embora tenha esse enorme feito no currículo, o fantasma uruguaio está longe de ser assustador. Desde 1950, os nossos vizinhos são grandes fregueses do futebol brasileiro jogando por aqui.
Após a ‘tragédia’ do Maracanã há 63 anos, foram disputadas no Brasil 17 partidas entre os dois países, com 13 vitórias brasileiras e apenas uma derrota (em amistoso em Campina Grande, na Paraíba, no ano de 1992). O técnico era o atual coordenador técnico Carlos Alberto Parreira. Edmundo, então com 21 anos, marcou o gol brasileiro.
Nesses confrontos, Brasil e Uruguai fizeram duelos históricos e sempre favoráveis ao lado brasileiro, com um mesmo protagonista. Em 1993, o jogo decidia qual das duas seleções iria para a Copa do Mundo dos EUA. Quem perdesse jogaria a repescagem. Os dois gols de Romário no Maracanã garantiram a seleção brasileira. Já a Celeste perdeu a outra vaga do grupo para a Bolívia e acabou vendo a conquista do tetra da Seleção pela TV.
Outra partida inesquecível, também no Maracanã, e com Romário decidindo, aconteceu na final da Copa América de 1989, com 132.743 pessoas presentes para ver quem ficaria com o título. O Baixinho deixou sua marca novamente e a seleção brasileira venceu por 1 a 0, conquistando a competição depois de 40 anos de jejum.
Apesar do bom retrospecto, o goleiro Julio Cesar pede respeito ao atual campeão da América do Sul e aposta na máxima de que clássico nunca tem um favorito: “Tratando-se de Brasil e Uruguai, é um clássico. Alguns dizem que é pior do que Brasil e Argentina. Por terem conquistado a Copa América (em 2011), eles estão confiantes”.
Para o goleiro, o fato de o Brasil ter levado a melhor nos últimos jogos, aumenta a disposição uruguaia:
“Eles querem mudar essa situação. Vão enfrentar uma Seleção que se encontrou em campo, que está mostrando um futebol maravilhoso. Espero que dê Brasil novamente”.
Nos números totais do confronto, a vantagem também é do time verde e amarelo, que venceu 32 vezes, empatou 19 e perdeu 19 em 70 partidas. O Brasil fez 125 gols contra 90 da Celeste Olímpica.