Cobrança de pênalti de Luighi em Flamengo x PalmeirasFabio Menotti/Palmeiras/by Canon

Mais artigos de O Dia
O Dia
Paraguai - Lughi, que foi vítima de racismo há quase duas semanas, rebateu os torcedores do Flamengo que o chamaram de "chorão" durante a final da Libertadores sub-20, no último domingo (16), no no Estádio Arsenio Erico. O atacante pontou que a situação fica de aprendizado e mostra como "a sociedade não respeita o caso".
"Como gente perdeu e eles ganharam, eles têm total liberdade de zoar, mas eu vejo como a sociedade não respeita o caso que aconteceu. (A provocação) Entra por um ouvido e sai pelo outro, mas fica o aprendizado. A sociedade que não respeita o racismo", disse Luighi, à ESPN

Caso de racismo

No dia 6 de março, durante o jogo entre Cerro Porteño e Palmeiras, pela Libertadores sub-20, um torcedor do time paraguaio imitou um macaco na direção de Luighi e Figueiredo.
As câmeras de transmissão daquela partida flagraram Luighi, que ainda foi alvo de um cuspe, chorando no banco de reservas. As imagens e o forte desabafo do jogador repercutiram e geraram uma onda de apoio. Clubes do futebol brasileiro, incluindo o Flamengo, se solidarizaram com o atacante.
A Conmebol aplicou multa de 50 mil dólares (cerca de R$ 288 mil na cotação da época) e determinou portões fechados nos próximos jogos do time paraguaio na competição. Além disso, exigiu que o Cerro publicasse uma campanha de conscientização contra o racismo nas redes sociais ao longo de toda Libertadores sub-20.
Tanto Palmeiras quanto a CBF detonaram a Conmebol. O Alviverde classificou as punições como "extremamente brandas" e pontuou que elas fazem a entidade ser "conivente" com as agressões. A Confederação seguiu a mesma linha e disse que a pena foi branda e insignificante, além de não combater com rigor necessário a discriminação racial.