Bruno Henrique em treino do FlamengoGilvan de Souza/ Flamengo

Bruno Henrique tem uma nova data para saber se poderá jogar a reta final de temporada pelo Flamengo. Afinal, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) remarcou para segunda-feira (10) o julgamento dos recursos de defesa e da Procuradoria da punição de 12 partidas de suspensão por tomar um cartão amarelo e beneficiar apostadores. A informação é do site 'Uol', confirmada por O Dia.
O atacante segue jogando graças a um efeito suspensivo conseguido pelo Rubro-Negro, até a decisão em segunda instância. A data inicial do julgamento no Pleno do Tribunal seria na sexta-feira (31), mas acabou adiada por questão de segurança, em função da megaoperação das polícias do Rio nos Complexos da Penha e do alemão, na quarta (29) passada.

Flamengo livrar Bruno Henrique de punição

As defesas do Flamengo e de Bruno Henrique querem a anulação da condenação e também do processo. O jogador pegou os 12 jogos de suspensão acusado de infringir o artigo 243-A (atuar, de forma contrária à ética desportiva), em votação que terminou em 4 a 1.
O entendimento do clube é que houve prescrição do caso e que não poderia haver o julgamento do dia 4 de setembro. Na Primeira Comissão do Tribunal, houve divisão sobre o tema, com 3 contra e 2 a favor do pedido de anulação.

Risco de pena maior

Já a Procuradoria deseja que Bruno Henrique também seja condenado no artigo 243, parágrafo 1º (atuar deliberadamente, de modo prejudicial à equipe que defende, com agravante de promessa de vantagem indevida) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
O argumento é que Bruno Henrique teve benefício pessoal por avisar o irmão de que receberia o cartão amarelo na partida contra o Santos, pelo Brasileiro de 2023, para ficar suspenso na rodada seguinte. Além disso, a Procuradoria entende que o Flamengo foi prejudicado por causa da polêmica, mesmo que o clube diga o contrário.
No primeiro julgamento, os auditores inocentaram por unanimidade o atacante neste artigo. Caso o Pleno do STJD acate o pedido, a punição pode aumentar para 1 ou 2 anos.

Atacante pode ficar fora da final da Libertadores

Caso o Pleno decida manter a punição de 12 jogos de suspensão, o atacante inicialmente cumprirá a pena em jogos nacionais, ou seja, no Brasileirão. Entretanto, o Tribunal pode acionar a CBF com um pedido para que também seja cumprida em competições internacionais, o que incluiria a final da Libertadores.